Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2025
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) justificou o apoio a Davi Alcolumbre (União-AP) para o Senado. Segundo ele, ocupar a vice-presidência permitiria que a proposta de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro avance durante eventuais ausências do senador Davi Alcolumbre (União-AP), favorito para ser reeleito presidente da Casa Legislativa no próximo dia 1º de fevereiro.
“Acho que, uma vez eleito, o comportamento (de Alcolumbre) não vai mudar muita coisa. Mas, ele tá eleito. Nosso erro foi tentar eleger o Rogério Marinho em 2023. Só que, quando perdemos, ficamos sem mesa diretora e comissões. Se você quer convocar um ministro, não consegue. Estamos negociando uma primeira-vice-presidência. Aí, na ausência do Alcolumbre, consegue colocar em votação a Anistia. O que fazem com essas pessoas presas é tortura. No total, sem comissão e vagas na mesa, seremos zumbi, já que mais de cem cargos irão para outros partidos”, disse.
Bolsonaro refutou a possibilidade de o candidato à presidência da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) ter garantido a deputados governistas que o projeto que pode anistiar os condenados pelo 8 de janeiro não será pautado.
“O acordo é o presidente da Câmara não engavetar o projeto da Anistia, cumprir o regimento. Ele sabe o que nós queremos. O pessoal da esquerda diz que há um compromisso dele em não pautar o tema, mas é assim que a esquerda age. Eles não querem a anistia para construir um discurso”, afirmou.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também participava da transmissão, disse que Motta deve seguir o perfil de Arthur Lira (PP-AL). “Lira não colocaria para a sucessão alguém diferente dele. Lira sempre deixou o plenário como dono da pauta, nunca segurou as coisas dessa forma”, completou.
Bolsonaro também voltou a negar participação nos atos de 8 de janeiro. Segundo ele, sua ausência do Brasil durante o ocorrido é prova de sua inocência. “Eu estava em Orlando. Querem dizer que eu organizei um golpe com o Pateta, o Pato Donald e a Minnie ao meu lado”, ironizou.
O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em um grupo que planejava uma ruptura democrática. Ele minimizou as acusações, afirmando que sua estadia nos Estados Unidos foi tranquila e que chegou a receber convites para morar no país, mas preferiu retornar ao Brasil.