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Política Bolsonaro quer conversar com o ministro do Supremo Alexandre de Moraes sobre penas do 8 de Janeiro

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Ele afirmou que a pretendida conversa seria “ao vivo” e em “canal aberto”, caso ocorresse.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Ele afirmou que a pretendida conversa seria “ao vivo” e em “canal aberto”, caso ocorresse. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Em entrevista a jornalistas na saída do Senado Federal no final da tarde dessa quarta-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro falou que “gostaria de discutir” as penas do 8 de Janeiro com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu gostaria muito de discutir, sei que ele talvez até me responda grosseiramente, eu e o ministro Alexandre de Moraes, falarmos desse assunto. Não quero marcar (um encontro). Eu gostaria que isso acontecesse, mas não vou pedir, não”, disse Bolsonaro ao ser questionado se trabalharia para a reunião acontecer. Ele afirmou que a pretendida conversa seria “ao vivo” e em “canal aberto”, caso ocorresse.

Na mesma entrevista, o agora réu por tentativa de golpe de Estado foi atrapalhado por um trompetista, que tocou a marcha fúnebre de Chopin e a música “Tá na hora do Jair já ir embora”.

Bolsonaro também citou o pedido do ministro Luiz Fux para rever a dosimetria (cálculo) das penas aplicadas aos réus dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Durante seu voto no julgamento que tornou o ex-presidente e outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado, o ministro falou que “em determinadas ocasiões” se depara com “penas exacerbadas”.

Fux disse ainda que por esse motivo pediu vista – adiamento da continuação do julgamento – do caso da cabeleireira Débora Rodrigues Santos, que já tem dois votos para ser condenada a pena de 14 anos de prisão, no regime inicial fechado.

A mulher ficou conhecida por pichar a frase “Perdeu, mané” usando batom na estátua da Justiça, no 8 de Janeiro. A cabeleireira de 39 anos é acusada de ter praticado: associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.

A PGR também apontou que Débora participou do acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, em 2022.

Até agora, mais de 1,4 mil pessoas foram presas pelos atos de depredação. O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncias contra 1,7 mil envolvidos e mais de 430 pessoas já foram condenadas. Mais de 500 outras, denunciadas por crimes considerados menos graves, assinaram acordo de não persecução penal como MPF.

Débora foi presa pela Polícia Federal (PF) em 17 de março de 2023, na 8ª fase da Operação Lesa Pátria, que mirava envolvidos nos ataques. A operação investigou os radicais e os financiadores dos atos de vandalismo e chegou até a 29ª fase, em agosto de 2024.

A cabeleireira moradora de Paulínia, em São Paulo, está presa na Penitenciária Feminina de Rio Claro, também no interior paulista. Débora tem dois filhos, de 7 e 10 anos.

Em depoimento, ela confirmou que vandalizou a escultura com batom vermelho. Na audiência de instrução do processo, a mulher leu uma carta destinada a Moraes, pedindo desculpas por sua atitude.

Débora afirmou que desconhecia, à época, a importância da escultura e que outra pessoa começou a escrever na obra, mas pediu que ela continuasse porque sua letra era mais bonita.

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