Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2025
Ex-presidente foi condenado duas vezes por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou, nesta terça-feira (18), os motivos que levaram à inelegibilidade dele, imposta pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em duas condenações diferentes.
“Por que eu estou ilegível na justiça eleitoral? Por se reunir com embaixadores? Por discursar no 7 de setembro? Por que usei os meios do 7 de setembro para falar com eleitores? Isso é motivo para inelegibilidade ou eles querem negar a democracia, me proibindo de disputar as eleições?”, questionou Bolsonaro, após participar de uma reunião no Senado com parlamentares da oposição.
Em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, entendendo que ele cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, ao reunir embaixadores, em julho de 2022, para atacar, sem provas, o sistema eleitoral.
Posteriormente, Bolsonaro foi condenado novamente à inelegibilidade pelo TSE, desta vez por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, durante a campanha eleitoral.
No Congresso, aliados do ex-presidente articulam mudanças na Lei da Ficha Limpa para tentar reverter a inelegibilidade dele. Um PLP (projeto de lei complementar), de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS), propõe reduzir o período de inelegibilidade de oito para dois anos.
Bolsonaro alega que a atual Lei da Ficha Limpa tem sido usada para beneficiar a esquerda e perseguir a direita. “Não me deixar disputar as eleições é negar a democracia”, afirmou.