Durante evento no Recife, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os ministros não são obrigados a permanecerem nos cargos. A declaração concedida nesta sexta-feira (24), foi em resposta a uma afirmação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Guedes disse que deixaria o posto, caso a reforma da previdência não seja aprovada.
“Ninguém é obrigado a continuar como ministro meu. Logicamente, ele está vendo uma catástrofe. E é verdade, concordo com ele, se nós não aprovarmos uma reforma muito próxima da que nós enviamos para o parlamento. Então, o Paulo Guedes não é nenhum vidente, não precisa ser, para entender que o Brasil mergulha num caos econômico sem a aprovação dessa reforma”, disse Bolsonaro.
O presidente falou após a reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), durante sua primeira visita ao Nordeste desde que foi eleito. Porém, o presidente disse, em seu perfil no Twitter, que não tem crise entre ele e o ministro. “Nosso casamento segue mais forte que nunca”.
Peço desculpas por frustrar a tentativa de parte da mídia de criar um virtual atrito entre eu e Paulo Guedes. Nosso casamento segue mais forte que nunca kkkkk. No mais, caso não aprovemos a Previdência, creio que deva trocar o Min. da Economia pelo da Alquimia, só assim resolve.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 24, 2019
O Ministério da Economia também se manifestou sobre a fala de Paulo Guedes, divulgando nota nesta sexta. O texto afirma que o ministro tem “total compromisso” com a retomada do crescimento econômico e “rechaça qualquer hipótese de que possa se afastar desse propósito”.
No Nordeste, Bolsonaro ainda pediu o apoio dos governadores presentes para a reforma previdenciária. “É uma reforma-mãe. Se você não fizer isso, não terá nossas contas ajustadas e ninguém nem de fora nem de dentro vai querer investir no país. É um apelo que nós fazemos, aí não tem partido político”, destacou.