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Política Bolsonaro se irrita em discurso e pede que PM “arranque cabo da bateria” de carro: “Vagabundo”

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Na transmissão do evento bolsonarista não é possível entender o som do carro.

Foto: Reprodução
Na transmissão do evento bolsonarista não é possível entender o som do carro. (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou durante seu discurso na Avenida Paulista nesse sábado (7), e pediu para que a Polícia Militar (PM) arrancasse o cabo da bateria de um carro que estava com o som alto e que permanecia ligado durante seu discurso.

““Se for possível parar esse som, a gente agradece. Ou então eu peço para alguém sabotar… arranquem o cabo da bateria desse carro”, gritou. O ex-chefe do Executivo precisou interromper o seu discurso ao menos três vezes.

Em seguida, Bolsonaro ofendeu o responsável pelo veículo. “Se esse picareta quer fazer um evento, que anuncie, convoque o povo e faça. Não atrapalhe pessoas que estão lutando por algo muito sério em nosso País.”

Bolsonaro tenta continuar o discurso, mas o interrompe novamente ao continuar ouvindo o som automotivo e pede novamente que policiais “arranquem a bateria” do veículo. “Desculpa aqui, ó, eu não sou governador… mas [eu peço] que a PM arranque a bateria desse carro. Essa é uma atitude de canalha, vagabundo, que não tem compromisso com seu país. Quer fazer política, vai fazer em outro lugar!”, esbravejou.

Na transmissão do evento bolsonarista não é possível entender o som do carro, mas Bolsonaro parece considerar que se tratava de alguém fazendo campanha.

Durante discurso, Bolsonaro reforçou ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o chamou de “ditador”. Ele também pediu anistia aos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que não houve tentativa de golpe.

“Existem dois tipos de ladrões. Um que rouba nosso dinheiro, e outro mais perverso ainda, o que rouba o nosso futuro e nossa liberdade. As eleições de 2022, aos poucos vocês vão tomando conhecimento, foi totalmente conduzida de forma parcial pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Eu não podia fazer nada”, disse.

Bolsonaro passou mal durante a manhã deste sábado e foi atendido no Hospital Albert Einstein. Segundo aliados, sua ida ao hospital não foi motivada por uma doença grave.

O ex-presidente também lembrou da facada que sofreu em setembro de 2018, dizendo que ele teria sido enterrado e Fernando Haddad (PT) seria eleito presidente. Bolsonaro chorou ao falar sobre o episódio.

“Ontem (sexta-feira), voltei à cena do crime, lá em Juiz de Fora, onde levei aquela facada. Dou graças a Deus, por Ele ter me dado uma segunda vida e não deixado que minha filha Laura ficasse órfão com 7 anos de idade”, declarou o ex-presidente.

A manifestação deste 7 de Setembro teve como mote o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, a pauta acabou se estendendo para pedidos de anistia aos presos pelos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.

 

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