Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de maio de 2023
Ao mesmo tempo, a defesa de Bolsonaro pede acesso aos autos e informou que, assim que eles forem disponibilizados e analisados, o ex-presidente prestará suas declarações
Foto: Tânia Rêgo/Agência BrasilO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está reunido com aliados próximos na sede do PL (Partido Liberal), em Brasília, momentos depois da operação da PF (Polícia Federal) desta quarta-feira (03), que realizou busca e apreensão na casa do ex-presidente e prendeu seus ex-assessores.
Ao mesmo tempo, a defesa de Bolsonaro pede acesso aos autos e informou que, assim que eles forem disponibilizados e analisados, o ex-presidente prestará suas declarações.
O ex-ministro Fabio Wajngarten, que também é advogado de Bolsonaro, afirmou nas redes sociais que a defesa do ex-presidente foi à sede da Polícia Federal, em Brasília, para buscar essas informações. “Já estamos na porta da PF aguardando autorização para entrada no prédio, bem como acesso aos autos do inquérito”, escreveu Wajngarten.
De acordo com Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, o ex-presidente foi orientado a ficar em silêncio em um eventual depoimento à PF. Mais cedo, fontes da Polícia Federal (PF) informaram que Bolsonaro se recusou a prestar depoimento nesta quarta-feira.
Após apreenderem o celular do ex-presidente, os policiais o convidaram a depor sobre as acusações de suposta fraude em seu cartão de vacinação, mas ele se recusou. Depois do cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua residência, no Jardim Botânico, em Brasília, Bolsonaro foi para a sede do PL acompanhado de seus advogados e outros aliados de seu núcleo político.
Linha de defesa
A reunião serve para decidir qual será a nova linha de defesa do ex-presidente. Até então ele vinha afirmando que não sabia pelo que estava sendo acusado, que as informações que tinha foram recebidas extraoficialmente pela imprensa e que, sem saber exatamente quais eram as acusações, entregou seu celular às autoridades.
O argumento é não haver crime e que a acusação possui menor poder ofensivo. A ideia é que a acusação imputada contra o ex-presidente seria fraca e sua ida à PF poderia tornar a situação ainda mais emblemática, mostrando Bolsonaro como perseguido pelas autoridades investigativas do atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A discussão na sede do PL gira em torno de como o ex-presidente Jair Bolsonaro irá se defender após ver ao menos três de seus aliados mais próximos, leais e de maior confiança presos pela PF para explicar se participaram de esquema de manipulação de dados do Ministério da Saúde inserindo e apagando informações dos cartões de vacinação de Bolsonaro e outras pessoas ligadas a este núcleo político.
Além disso, também é avaliado como será solicitado à Justiça para que o celular de Bolsonaro retorne às mãos do ex-presidente.