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Bolsonaro se reúne com representantes do WhatsApp no Palácio do Planalto

A AGU argumenta que o chefe do Executivo 'não detém poderes de polícia em território internacional' (Foto: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com representantes do WhatsApp no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (27). A reunião não constava na agenda oficial do presidente. Após o encontro, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, deu uma entrevista coletiva. O WhatsApp ainda não havia falado sobre a reunião.

Redes sociais e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, estão no centro da discussão sobre combate a informações falsas nas eleições. As principais plataformas fecharam acordo com a Justiça Eleitoral para adotar medidas contra a disseminação de conteúdo deturpado.

Há duas semanas, durante um evento em São Paulo, Bolsonaro disse que o WhatsApp não seguiria o acordo com a Justiça Eleitoral. O presidente e seus seguidores são contra as regras e argumentam que defendem a “liberdade de expressão”.

Na época da fala do presidente, o WhatsApp havia anunciado que, no mundo inteiro, vai permitir que usuários do aplicativo enviem uma mesma mensagem a milhares de pessoas. E explicou que, no Brasil, essa função só vai ser permitida após as eleições.

Isso indignou Bolsonaro e seus aliados, que fazem das redes sociais o principal meio de conquista de votos. De acordo com Faria, o WhatsApp disse na reunião que sua decisão sobre o Brasil não foi motivada por pedido da Justiça Eleitoral. Diante dessa declaração da empresa, segundo Faria, Bolsonaro entendeu a decisão e não a contestou.

“Tivemos reunião agora com o presidente da República e representantes do Whatsapp e da Meta [controladora do WhatsApp] para esclarecimentos do que foi amplamente veiculado na imprensa, nas redes sociais. E o Whatsapp deixou claro, a Meta também, que em nenhum momento atendeu pedido do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] para que fosse feitas essas mudanças em relação as comunidades apenas após as eleições. Isso não houve. Eles tomaram uma decisão global, olhando concorrentes, mercado mundial”, explicou o ministro.

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