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Brasil Bolsonaro diz que só respeitará a lista tríplice de indicados para a Procuradoria-Geral da República se tiver “um nome nosso”

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A posse do novo procurador-geral da República ocorrerá em setembro. (Foto: João Américo/PGR)

O presidente Jair Bolsonaro tem sido questionado por parlamentares e auxiliares sobre se respeitará a lista tríplice dos procuradores da República para escolha do sucessor de Raquel Dodge como procurador-geral da República.

Lembrado por um líder governista de que não tem se comprometido com a lista elaborada em eleição interna da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), Bolsonaro respondeu: “Não quer dizer que vou desrespeitar a lista tríplice. Mas só vou acolher se incluírem um nome nosso. Não tem sentido colocar um inimigo.” Outra expressão que o presidente tem usado para definir o sucessor de Raquel de sua preferência é: “tem que ser meu peixe.”

No linguajar informal do presidente, “meu peixe” quer dizer amigo muito próximo, companheiro, aliado. Mas o mandatário do Planalto sabe que não há muitos nomes próximos a ele entre os procuradores com possibilidade de se candidatar e de figurar entre os três mais votados da ANPR. Nesta segunda-feira (06) abrem-se as inscrições para os candidatos à lista tríplice. A eleição está marcada para 18 de junho, e a posse ocorrerá em setembro.

A votação só não foi acolhida em sua primeira edição, em 2001. O então presidente, Fernando Henrique Cardoso, optou por manter no cargo Geraldo Brindeiro, apelidado de “Engavetador-geral da República”. A partir de 2003, no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, todos os chefes do Ministério Público da União passaram a ser nomeados pelo presidente entre os nomes da lista. Lula e Dilma Rousseff escolheram o primeiro colocado da lista. Michel Temer nomeou Raquel Dogde, segunda colocada.

O presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti, afirmou que a escolha pela lista tríplice é uma forma de garantir ao procurador-geral independência em sua atuação. “Sem a lista tríplice, a Lava-Jato seria uma sombra do que é”, disse. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, deverá ser ouvido pelo presidente. Mas Bolsonaro declarou publicamente que não tem compromisso nem com seu auxiliar que comandou a Operação Lava-Jato como juiz.

O presidente quer estar livre para escolher até mesmo um nome do MPM (Ministério Público Militar), do MPT (Ministério Público do Trabalho) ou do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios). Nesse quadro, até a atual chefe de todo o Ministério Público, Raquel Dodge, poderá ser reconduzida. Ela está desgastada entre os procuradores do Ministério Público Federal e não deverá se candidatar à lista da ANPR.

Mas, no caso de um impasse entre nomes da preferência do Planalto e do MPF, a permanência de Dodge pode ser uma solução intermediária. Seu nome conta com a simpatia dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Hoje, há mais de 10 nomes cotados para o cargo, entre candidatos à lista tríplice e aqueles que não se candidatarão, mas esperam ser nomeados por Bolsonaro.

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