Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2023
Em pouco mais de 20 minutos de discurso, Bolsonaro sinalizou possível nova corrida ao Planalto e disse não entender como perdeu eleição em 2022
Foto: ReproduçãoO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que sua “missão não acabou”, sugerindo a possibilidade de voltar para uma nova corrida eleitoral, durante uma conferência conservadora realizada em Washington, nos Estados Unidos, neste sábado (04).
“Agradeço a Deus pela minha segunda vida. E, também a ele, pela missão de ser presidente do Brasil por um mandato. Mas eu sinto, lá no fundo, que essa missão não acabou”, disse Bolsonaro a um público majoritariamente americano, mas também com brasileiros, que reuniu alguns dos simpatizantes mais radicalizados do Partido Republicano, incluindo o ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Em pouco mais de 20 minutos de discurso, Bolsonaro recontou a história de seu caminho até a Presidência, apontando como principal motivo a reeleição “de uma comunista” para a Presidência. “Populismo, comunismo e corrupção é o que sempre dominou a política do Brasil”, disse.
Diante de um público que questiona a lisura do processo eleitoral americano ― muitos dos palestrantes que falaram antes do ex-presidente propagaram a tese da Grande Mentira, narrativa conspiracionista alimentada por Trump de que as eleições de 2020 foram roubadas dele ―, Bolsonaro sugeriu que a eleição brasileira de 2022 tivesse sido alvo de irregularidades.
Enquanto imagens de sua campanha eleitoral eram mostradas em um telão, Bolsonaro disse: “Se vocês olharem as imagens aqui do lado, eu tive muito mais apoio em 2022 do que em 2018. Não sei porque, os números mostraram o contrário”, disse. Ao fim do discurso, Bolsonaro ainda disse ter sido “o último presidente a reconhecer os resultados” das eleições americanas em 2020.
Diante de uma plateia amigável, o ex-presidente também mencionou alguns dos slogans e anedotas que utilizou nos últimos quatro anos. Mencionou o versículo bíblico João 8:23 (”Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”), criticou a cobertura da imprensa sobre seu governo e disse que o Brasil é o único País que tem nióbio.
“Tem certos assuntos no Brasil que são proibidos de serem tratados. Um deles é a vacina. Eles dizem “é a ciência, ciência, ciência”. O que eu digo é liberdade, liberdade, liberdade”, disse, falando de não ter imposto obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19 ― e sendo aplaudido pelos presentes.