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Notícias Bolsonaro venceu nos Estados Unidos e no Japão. Fernando Haddad, em Berlim e Frankfurt, na Palestina e em Cuba

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Fiscalização tem por objetivo favorecer um pleito seguro e justo. (Foto: EBC)

Jair Bolsonaro também venceu a disputa presidencial no exterior. Com 99,76% das urnas fora do País apuradas, o presidente eleito ficou com 70,98% dos quase 185 mil votos válidos, contra 29,02% de Fernando Haddad. No primeiro turno, Bolsonaro havia conseguido 58,79% dos votos válidos, e Haddad apenas 10,10%.

Bolsonaro venceu com folga em Tóquio, Hamamatsu e Nagóia, todas no Japão. Miami, Atlanta, Hartford, Boston e Los Angeles, nos Estados Unidos, também deram ampla vitória ao presidente-eleito. Bolsonaro teve a maioria dos votos também em Roma e Milão, na Itália, e Lisboa, Porto e Faro, em Portugal.

Haddad teve maior porcentagem de votos em Ramallah, na Palestina, Havana, em Cuba, e Berlim e Frankfurt, na Alemanha. O petista também levou em Paris, na França, e em Moscou, na Rússia. Ele ganhou também na Holanda. Bolsonaro venceu a disputa em 104 cidades, contra 29 de Haddad.

Entre as cidades com mais de 10 mil eleitores no exterior, o petista virou a disputa em Paris, em relação ao primeiro turno, com 69,45% dos votos. Ainda nessa categoria, com mais de 10 mil eleitores registrados, Bolsonaro ganhou em Roma, Madrid, Londres, Zurique, Lisboa, Milão, Porto, Washington, Nova York, Houston, Boston, Atlanta, Tóquio, Miami, Nagóia e Hamamatsu.

A disputa mais acirrada foi em Varsóvia, na Polônia, onde Haddad venceu com 50,65% dos votos, contra 49,35% de Bolsonaro.

Mesmo com 185 mil votos válidos, a abstenção foi grande fora do País. Eram mais de 500 mil eleitores a aptos a votar, mas 298.424não compareceram às urnas, 59,79% do total. Brancos e nulos somaram 15.746 votos no exterior.

Distância

Um grupo de eleitores de Freiburg, na Alemanha, abriu mão de dormir até mais tarde no domingo de eleição (28) para percorrer, mais uma vez, os 420 quilômetros que os separam da seção eleitoral de votação, em Munique, cidade no Estado vizinho.

No primeiro turno, os 32 passageiros – destes, 27 mulheres —, saíram por volta das 7h de um ponto de encontro no centro da cidade, localizada em Baden-Württemberg, no Sul da Alemanha, a cerca de 60 quilômetros da fronteira com a Suíça. Desta vez, 22 confirmaram a viagem, organizada pelo Conselho de Cidadãos Brasileiros de Freiburg e Südbaden.

Para chegar até o local de votação, cada eleitor desembolsou 40 euros, o equivalente a cerca de 170 reais. Neste segundo turno, no entanto, o assento no ônibus saiu mais caro, já que menos pessoas aderiram. Para ir até Munique votar, cada passageiro pagou 50 euros pelo aluguel do veículo – pouco mais de 200 reais. “Compensa muito, em comparação a viajar com carro privado ou de trem”, aponta Karina Ferrari, secretária do Conselho e responsável pela organização do transporte, referindo-se ao valor da passagem.

Mesmo morando há seis anos no país, Karina ainda não conseguiu transferir o título eleitoral e, por esse motivo, não participou da viagem. “A maioria das pessoas que estavam no ônibus está lutando por um ideal”, opina. Ela salienta o esforço da comunidade brasileira para votar mesmo morando no exterior e tão afastados da seção eleitoral. São dez horas de estrada. “Precisa estar munido do desejo de votar, tamanho o empenho.” Por causa da grande quantidade de eleitores no Sul da Alemanha, onde 8.570 brasileiros estão cadastrados para votar, o consulado aluga um espaço no Instituto Goethe, onde instala as 13 urnas eletrônicas utilizadas a cada eleição.

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