Ícone do site Jornal O Sul

Botafogo vence o Atlético-MG por 3 a 1 e é campeão da Copa Libertadores da América

(Foto: Divulgação/Libertadores)

Jogando no estádio Mâs Monumental, em Buenos Aires, na Argentina, o Botafogo venceu o Atlético-MG por 3 a 1 e se sagrou campeão da Copa Libertadores da América pela primeira vez em sua gloriosa história de 120 anos. Os gols da partida disputada na tarde deste sábado (30) foram marcados por Luiz Henrique, Alex Telles e Júnior Santos para o Fogão. Vargas descontou para o Galo.

A partida

O time carioca, alvo de desconfiança por uma suposta instabilidade emocional desde o começo do ano, provou sua força ao superar o Galo mesmo atuando com um jogador a menos desde o primeiro minuto de jogo, após expulsão de Gregore.

O primeiro tempo foi frenético. A começar pela expulsão relâmpago de Gregore, do Botafogo, por uma falta em Fausto Vera, aos 30 segundos de bola rolando. O volante recebeu o cartão vermelho mais rápido da história das finais de Libertadores, em mais de seis décadas. Ele acertou a cabeça de Vera com as travas da chuteira. O técnico português Artur Jorge optou por manter as peças e adaptá-las à condição do jogo, sem repor o volante expulso.

Hulk, logo aos 6, deu o primeiro chute. De fora da área, o capitão atleticano bateu forte, de fora da área, para difícil defesa de John. A virada emocional botafoguense começou aos 35 minutos. Em uma jogada pela esquerda, Luiz Henrique encontrou Marlon Freitas dentro da área. Ele tentou um chute mascado, a bola desviou na defesa atleticana e sobrou para o camisa 7 do Glorioso encher o pé esquerdo e abrir o placar.

O Atlético-MG sentiu muito o gol sofrido mesmo com a vantagem numérica. Na sequência, Battaglia recuou de cabeça na direção de Arana, que preferiu proteger para a saída de Everson. Luiz Henrique foi mais rápido e o goleiro derrubou o camisa 7. O VAR recomendou a revisão e o árbitro argentino Facundo Tello assinalou o pênalti.

Na cobrança, Alex Telles caprichou com o pé esquerdo e abriu 2 a 0 para o Botafogo na grande final. O técnico argentino Gabriel Milito voltou com um Atlético-MG mudado para o segundo tempo. Mariano, Bernard e Vargas entraram nos lugares de Lyanco, Vera e Scarpa. E um deles mudou o panorama do jogo.

Em seu primeiro toque na bola, aos dois minutos, Vargas cabeceou sem pular após escanteio cobrado por Hulk e acertou o ângulo do goleiro John diminuindo a desvantagem. O Atlético-MG, então, partiu para o domínio total na base do abafa, buscando o empate. O jogo ficou nervoso, e o Galo chegou a pedir dois pênaltis, um em Hulk e outro em Deyverson, ambos ignorados pelo árbitro.

Com a bola rolando, aos 18 minutos, Hulk deu grande susto na torcida botafoguense ao acertar chute colocado no cantinho, mas John fez grande defesa e evitou o empate. Com um a menos desde o primeiro minuto de jogo, o Botafogo, claro, cansou. Jogadores importantes como Luiz Henrique, Savarino e Almada tiveram que correr muito para marcar, e foram substituídos ao longo da etapa final.

Com as alterações, o time não conseguiu armar contra-ataques. Passou a depender da solidez defensiva e de um pouco de sorte. E deu certo. Ainda teve o momento da glória final, com o gol de Júnior Santos aos 51 minutos do segundo tempo, no último lance do jogo, em contra-ataque puxado na base da raça.

O alvinegro carioca receberá 23 milhões de dólares (R$ 137,9 milhões na cotação atual). Mesmo com a decepção devido à derrota, o vice-campeão não volta para casa de mãos vazias. A Conmebol assegurou US$ 7 milhões (R$ 41,9 milhões) para o Atlético-MG.

Ficha técnica

– Atlético-MG: Everson; Lyanco (Mariano), Battaglia e Junior Alonso; Scarpa (Vargas), Fausto Vera (Bernard), Alan Franco e Guilherme Arana; Hulk, Paulinho e Deyverson (Alan Kardec). Técnico: Gabriel Milito

– Botafogo: John; Vitinho, Adryelson, Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal); Gregore, Marlon Freitas e Savarino (Danilo Barbosa); Thiago Almada (Matheus Martins), Luiz Henrique (Junior Santos) e Igor Jesus (Allan). Técnico: Artur Jorge.

– Arbitragem: Árbitro: Facundo Tello (ARG), Ezequiel Brailovsky, Gabriel Chade (ARG) e Mauro Vigliano (ARG).

Sair da versão mobile