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Braga Netto só receberá visitas na prisão autorizadas pelo Supremo

A prisão de Braga Netto foi mantida e ele foi informado de que não poderá receber visitas, nem mesmo dos familiares, sem autorização prévia do STF. (Foto: Antonio Augusto/STF)

O general Walter Braga Netto só poderá receber visitas mediante autorização expressa do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Braga Netto foi preso nesse sábado (14) pela Polícia Federal (PF) acusado de ser um dos articuladores de um plano para golpe de Estado após o resultado da eleição presidencial de 2022. Ele foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro.

Braga Netto passou por audiência de custódia no mesmo dia em que foi preso. A audiência foi conduzida pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), auxiliar do gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes. Durante a sessão, sua prisão foi mantida e ele foi informado de que não poderá receber visitas, nem mesmo dos familiares, sem autorização prévia do STF. A exceção à ordem cabe apenas à equipe jurídica, aos advogados de Braga Netto.

Prisão

O militar é suspeito de tentar obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em manifestação favorável à prisão preventiva, a Procuradoria-Geral da República (PGR) justifica que a medida evita interferência nas apurações do caso.

Em depoimento no dia 5 de fevereiro de 2024, Mauro Cid confirmou que Braga Netto e “outros intermediários” procuraram seu pai, o general Mauro Lourena Cid, por telefone para saber informações sobre a colaboração premiada firmada pelo ex-ajudante de ordens.

A PF também tem provas de que Braga Netto viabilizou o financiamento da tentativa de golpe contra o presidente Lula em 2023. Ele teria repassado dinheiro a militares escalados até para assassinar o petista, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes em caixas de vinho.

Braga Netto, atualmente na reserva do Exército, foi ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro.

Com uma trajetória militar iniciada em 1974, aos 17 anos, ele acumulou cargos de relevância nas Forças Armadas e no governo federal.

Defesa

A defesa do general afirmou que “não houve qualquer obstrução às investigações”. Os advogados de Braga Netto divulgaram uma nota nesse sábado.

Ainda de acordo com a nota, os advogados disseram que tomaram conhecimento “parcial” em relação ao inquérito que levou a prisão do general.

“Registra-se que a Defesa se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida”, complementa a nota. As informações são dos portais de notícias G1, CNN e Metrópoles.

 

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