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Política General Braga Netto trocou mensagens e telefonou para o pai de Mauro Cid para saber sobre delação; Polícia Federal vê obstrução

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Para Alexandre de Moraes, os elementos permitem concluir que o general agiu para impedir ou embaraçar as investigações. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou a prisão do general Braga Netto nesse sábado (14) mostra que o ex-ministro do governo Bolsonaro falou com o pai de Mauro Cid, Mauro César Lorena Cid, por telefone para obter informações sobre sua delação premiada.

Mauro Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e fechou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal.

Na decisão, Moraes transcreve parte das conclusões da PF e um trecho da delação de Cid em que ele confirma a tentativa de Braga Netto de obter informações sobre sua colaboração junto a seus familiares.

Para Moraes, os elementos permitem concluir que o general agiu para impedir ou embaraçar as investigações.

“Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração naquele período, onde não só ele como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado. Isso fazia um contato com o meu pai, tentavam ver o que eu tinha, se realmente eu tinha colaborado, porque a imprensa estava falando muita coisa, ele não era oficial, e tentando entender o que eu tinha falado”, afirmou Cid.

O delato afirmou que o contato “normalmente era por telefone” e que não sabe se houve encontro dos dois pessoalmente.

Na decisão, Moraes diz que a investigação da PF demonstra que os contatos telefônicos realizados com o pai de Cid tinham a finalidade de obter dados sigilosos, controlar o que seria repassado à investigação e informar aos demais integrantes da organização criminosa.

Mensagens apagadas

O relatório da PF apresenta ainda uma perícia realizada no celular do pai de Mauro Cid que mostra que as mensagens trocadas com Braga Netto foram apagadas em 8 de agosto de 2023, três dias antes da operação “Lucas 12:2”.

Essa investigação apurou a tentativa de uma organização criminosa vender as joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu em razão do cargo de presidente da República.

A perícia também mostrou que, um dia antes, Braga Netto e o pai de Mauro Cid trocaram diversas mensagens pelo WhatsApp e conversaram por telefone em uma chamada que durou pouco mais de 3 minutos.

Defesa de Braga Netto

A defesa do general da reserva Walter Souza Braga Netto afirmou nesse sábado (14) que comprovará que o ex-ministro não atuou para obstruir as investigações do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Os advogados de Braga Netto afirmaram, ainda, que vão se manifestar nos “autos após ter plena ciência dos fatos” que levaram à prisão do militar.

“Com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações”, segue a manifestação divulgada nesse sábado. As informações são do portal de notícias G1.

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