Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2024
O mercado formal de trabalho registrou 240.033 empregos criados no mês de abril, considerando contratações menos demissões, segundo dados consolidados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nessa quarta-feira (29). Houve um aumento de 32% em relação aos 181.761 postos criados em abril do ano passado.
No acumulado do ano, de janeiro a abril, o Brasil teve saldo de 958.425 empregos criados. Todos os meses deste ano até agora registraram crescimento no mercado formal. Com isso, foi registrado um crescimento de 33% em comparação com o ano passado, que teve um saldo 718.576 nos quatro primeiros meses de 2023.
Também houve um acréscimo de renda. O salário médio de admissão em abril deste ano foi de R$ 2.126,16, registrando um aumento real de R$ 36,96 em relação a março, e uma variação em torno de +1,77%.
As contratações em abril foram puxadas pelos setores de serviços, com 138.309 postos e pela indústria, que criou 35.990 novas vagas. A agropecuária teve o desempenho mais ameno entre os cinco principais setores, com 6.576 novos empregos oferecidos.
O Brasil agora possui 46,475 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores público e privado. O resultado é acima da estimativa de analistas ouvidos pela Bloomberg, que estimaram a criação de 210 mil vagas.
Os estados que mais contrataram foram São Paulo, com saldo positivo de 76.229 postos, Minas Gerais, 25.868, Rio Grande do Sul, 20.810 e Paraná, 18.032 . Os menor saldo foi registrado no Maranhão, que perdeu 1.607 postos postos de trabalho.
IBGE x Caged
Os dados do Caged, um registro administrativo, consideram os trabalhadores com carteira assinada, e não incluem os informais. São diferentes dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, publicados nessa quarta-feira, que captam os empregos informais e cuja fonte são entrevistas com os próprios trabalhadores.
De acordo com a pesquisa do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre encerrado em abril. Este é o melhor resultado deste trimestre móvel desde 2014 (7,2%).
Desse modo, não foi registrada uma alteração relevante em relação relevante no número absoluto de desocupados em relação ao trimestre anterior, atingindo 8,2 milhões de pessoas.