Grande parte dos Estados brasileiros mostraram uma diminuição de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com o boletim da instituição, o Brasil apresenta um nível “significativamente baixo” de covid-19, se comparado com histórico anterior do vírus no território e relata uma interrupção no aumento de casos de Sars-CoV-2.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a atualização epidemiológica semanal sobre a covid. Globalmente, foram relatados quase 1,9 milhão de novos casos e mais de 12 mil mortes na semana de 16 a 22 de janeiro de 2023. No total, são mais de 664 milhões de casos confirmados e mais de 6,7 milhões de mortes no mundo.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos ainda estão analisando um possível vínculo entre o aumento de Ataque Vascular Cardíaco (AVC) em adultos mais velhos e a vacina bivalente da covid da Pfizer/BioNTech. As autoridades de saúde dos EUA disseram que o sinal é mais fraco do que aquele divulgado pelas autoridades no início de janeiro e não representa um verdadeiro risco clínico.
E no Reino Unido, foi revelado que o Departamento de Saúde desperdiçou um total de 15 bilhões de libras em equipamentos de proteção não utilizados, testes e vacinas da covid. O departamento gastou 6 bilhões de libras em 2022 em suprimentos, incluindo uniformes e máscaras para funcionários do Serviço Nacional de Saúde (NHS), que não foram utilizados e, agora, estão sendo queimados.
Boletim
O novo Boletim InfoGripe Fiocruz mostrou a interrupção de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no país. A exceção é o Distrito Federal (DF), que ainda não apresenta reversão para queda. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 3, período de 15 a 21 de janeiro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 23 de janeiro.
O pesquisador Marcelo Gomes destaca que a manutenção de patamar elevado no DF requer atenção. “O crescimento foi interrompido, mas ainda há um volume de internações semanais relativamente constante”, explica o coordenador do InfoGripe.
Nas crianças de 0 a 4 anos, o VSR também mantém presença expressiva no Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e nos três estados da região Sul. Entretanto, diferentemente do que se observa no DF, nessas unidades federativas já há queda nas semanas recentes.
O estudo indica que o aumento associado à Covid observado no final de 2022 já foi interrompido e praticamente todos os estados têm cenário de queda para Sars-CoV-2. “A maior parte do país está voltando a patamares significativamente baixos de Covid-19 em comparação com o histórico. Felizmente, não há sinal de retomada do crescimento nesse começo de ano”, completa Gomes.
O Boletim mostra queda de SRAG nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas). Os dados apresentam manutenção do predomínio de Sars-CoV-2 (Covid-19) em todas as faixas etárias a partir de 5 anos, com maior destaque na população adulta.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 0,9% para influenza A; 0,7% para influenza B; 18,8% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 71,3% para Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,1% para influenza A; 0,0% para influenza B; 1,5% para vírus sincicial respiratório; e 94,7% para Sars-CoV-2. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Fiocruz.