Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2024
Entendimento do grupo é que "fake news" atingem conhecimento das pessoas sobre temas como democracia, vacinação e aquecimento global, por exemplo
Foto: Pedro França/Agência SenadoIntegrantes da diplomacia brasileira informaram nesta quinta-feira (11) que o País avalia pautar no G20 discussões sobre regulação das plataformas digitais.
O objetivo, segundo esses diplomatas, é propor medidas que, em nível global, possam preservar a integridade das informações disseminadas entre as populações, combatendo as chamadas “fake news”.
O Brasil assumiu a presidência do G20 em dezembro do ano passado e vai comandar o grupo até novembro deste ano, quando acontecerá a cúpula de chefes de Estado no Rio de Janeiro.
Ao assumir o posto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou que o país estabeleceu três eixos centrais de discussão: inclusão social e combate à fome e à pobreza; transição energética e desenvolvimento sustentável; reforma da governança global.
O entendimento do governo brasileiro é que, a partir desses eixos centrais, diversos temas podem ser debatidos, incluindo o fortalecimento da democracia em nível global e também as ações relacionadas às plataformas digitais.
Integridade da informação
Segundo a página oficial do G20, o grupo entende que a chamada integridade da informação – que abrange precisão, consistência e confiabilidade – é ameaçada pelas “fake news” e pelo discurso de ódio, principalmente nos meios digitais.
Diante disso, a expectativa é que o Grupo de Trabalho Economia Digital possa discutir o tema, propondo, por exemplo, a eventual adoção de políticas públicas ao redor do mundo que possam ajudar no combate à disseminação de conteúdo falso.
“O conceito de integridade da informação refere-se à precisão, consistência e confiabilidade da informação. Ela é ameaçada pela desinformação, pela informação falsa e pelo discurso de ódio que circulam, sobretudo, nos canais digitais”, destaca o G20.
“Por meio de narrativas negacionistas, atores estatais e não-estatais procuram engajar cidadãos e cidadãs em posições equivocadas”, acrescenta.
O texto não faz menção a um caso específico, mas, no Brasil, por exemplo, foram disseminadas durante a pandemia de Covid-19 “fake news” sobre as formas de prevenção da doença e também sobre as vacinas.
Além disso, em 2022, houve disseminação de conteúdo falso nas redes sociais sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro.