Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2024
Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000.
Foto: ReproduçãoO Brasil registrou 3 mil mortes confirmadas por dengue em 2024, o que equivale a pouco mais de 20 mortes por dia desde o começo do ano. No mesmo período do ano passado (até a semana 20), o País tinha 867 óbitos.
Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.179. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053.
Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o país registrou, nas primeiras vinte semanas deste ano, as seguintes taxas relativas à doença:
• 5.213.564 casos (marca inédita desde o início da série histórica, em 2000);
• 3 mil mortes confirmadas;
• 2.666 óbitos em investigação.
Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a estimativa do Ministério da Saúde era de que o país registrasse, neste ano, 4,2 milhões de casos. Mesmo antes do fim do 1º semestre, esse número já foi batido.
O estado de São Paulo concentra o maior número de mortes (805), seguido por Minas Gerais (519), Paraná (367) e Distrito Federal (365). Na outra ponta, Acre e Roraima não registraram nenhum óbito por dengue este ano.
Tipos de dengue
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 – todos podem causar as diferentes formas da doença.
No último informe do Ministério da Saúde, três sorotipos estão com circulação simultânea no país, com mais ênfase para os sorotipos 1 e 2.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Período de risco
Epidemiologistas afirmam que o período de maior risco ainda não terminou, e é crucial manter as medidas de prevenção, que incluem a eliminação dos criadouros do mosquito, como recipientes com água parada, principalmente vasos de plantas, garrafas e pneus. Além disso, orientam tampar caixas d´água, limpar o bebedouro dos animais de estimação com frequência e vedar ralos e pias. Os especialistas recomendam procurar atendimento médico imediato aos primeiros sintomas de dengue, como febre alta, dores no corpo e manchas vermelhas na pele, para evitar complicações graves.
Como se proteger
• Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
• Deixe a caixa d’água tampada;
• Mantenha as piscinas limpas;
• Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
• Desobstrua calhas, lajes e ralos;
• Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
• Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
• Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;
• Use repelente.