Ícone do site Jornal O Sul

O Brasil já chega a 4.016 mortes e 58.509 casos confirmados de coronavírus

O recorde de mortes foi batido na quinta-feira (23), com 407 novas mortes em apenas um dia. (Foto: Maicon Hinrichsen/Secom)

O Brasil registrou 346 novas mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 h, um aumento de 9,4%, segundo informou o Ministério da Saúde neste sábado (25). O recorde de mortes foi batido na quinta-feira (23), com 407 novas mortes em apenas um dia. No total, são 4.016 mortes pelo novo coronavírus. O país tem ainda 58.509 casos confirmados de Covid-19 —no dia anterior eram 52.995.

O boletim mais recente do Ministério da Saúde confirma a tendência dos cinco estados mais afetados pelo novo coronavírus: São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Amazonas. Em relação ao número de mortes, São Paulo chegou à marca de 1.667 óbitos desde o início da pandemia. O Rio de Janeiro tem 615 casos. Na sequência aparecem Pernambuco, com 381; Ceará, com 310; e Amazonas com 287.

São Paulo também lidera em número de casos confirmados, com 20.004. O Rio de Janeiro é o segundo com mais registros, com 6.828. O Ceará é o terceiro, com 5.421; seguido de Pernambuco, com 4.507; e Amazonas, com 3.635.

Desde a segunda-feira (20), o Ministério da Saúde não divulga o boletim mais detalhado, com informações como a incidência de casos por 1.000 habitantes, a faixa etária das vítimas, comorbidades. No sábado, não houve entrevista coletiva com o ministro Nelson Teich ou com técnicos da pasta para apresentar os números e ações contra o coronavírus.

Ceará

O governo do Ceará recebe neste domingo (26) um avião que contratou para trazer da China um carregamento de cerca de 90 toneladas de EPI (equipamento de proteção individual) e testes para o enfrentamento do coronavírus. O estado é o terceiro do país com o maior número de casos confirmados da doença, 4.800 neste sábado (25).

A compra foi feita em cooperação com outros estados do Nordeste. A estratégia vem sendo utilizada para combater a competitividade nas buscas pelos materiais no mercado internacional e pela demora na distribuição desses insumos pelo Ministério da Saúde.

Neste sábado, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que, até o fim deste mês, fará a entrega de 272 respiradores hospitalares para os estados. Essa primeira leva representa aproximadamente 2% do total previsto pela pasta.

Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 74,4% no estado. Há dificuldade para ampliar o número de leitos dessa complexidade por falta de equipamentos no mercado.

Maranhão

Outros governadores também recorreram à compra direta de insumos com a China. Foi o caso do Maranhão, que montou um plano, com o envolvimento de 30 pessoas e custo de R$ 6 milhões, para conseguir importar respiradores e máscaras chinesas.

A operação é alvo de investigação da Receita Federal. Revelada pelo Painel, a operação envolveu o envio dos respiradores para a Etiópia, para escapar dos radares dos Estados Unidos e Europa, e o fretamento de um avião de Guarulhos para São Luís.

Segundo os envolvidos, o desembaraço na Receita foi feito no Maranhão, e não em São Paulo, para evitar o risco de que os equipamentos fossem retidos. A Receita afirma que não houve licenciamento prévio da Anvisa.

A estratégia foi montada depois que o governo do Maranhão, comandado por Flávio Dino (PC do B), reservou respiradores três vezes e foi atravessado pelo governo federal, pela Alemanha e pelos Estados Unidos. Dino tem afirmado que a estratégia só foi adotada após pedidos de ajuda terem sido recusados pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido).

Sair da versão mobile