Domingo, 02 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de março de 2021
País já está há mais de duas semanas como líder mundial nos óbitos diários pela doença.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)Nesta quarta-feira (24), dia em que bateu a marca de 300 mil mortes por Covid, o Brasil também voltou a registrar um número que chama atenção para o ritmo acelerado dos contágios pela doença: 90.504 novos casos, segundo maior registro em um só boletim epidemiológico – atrás apenas do anotado em 17 de março (90.830).
Com isso, desde o começo da pandemia 12.227.179 brasileiros já foram ou estão infectados pelo coronavírus. Já a média móvel nos últimos sete dias é de 75.250 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de 8% em relação aos casos registrados em duas semanas, indicando tendência de estabilidade.
É o que mostra novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h.
O Brasil registrou 2.244 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta quarta-feira (24) 301.087 óbitos desde o início da pandemia. A média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias chegou a 2.279. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +34%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
Já são 63 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil; pelo décimo sétimo dia a marca aparece acima de 1,5 mil; e o país completa agora 8 dias com essa média acima da marca dos 2 mil mortos por dia.
Após 25 recordes seguidos na média móvel de óbitos, o índice aparece menor do que o da véspera, impactado pela alteração implementada na inclusão de dados no sistema do Ministério da Saúde – mudança que foi suspensa no mesmo dia.
Problemas com novo Ministério
O Rio Grande do Sul e pelo menos outro quatro Estados relataram ao consórcio problemas com a mudança do Ministério e que podem ter impactado na contabilidade dos registros de casos e mortes. São eles: Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Paraíba.
Em São Paulo (Estado com os maiores números), a Secretaria da Saúde afirmou que a alteração “burocratizou” a inserção de dados e foi realizada sem aviso prévio, fazendo com que muitas cidades não conseguissem registrar todos os óbitos. Com isso, foram anotados 281 óbitos em território paulista, um dia após o recorde de mais de 1 mil em apenas um balanço diário.