Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de abril de 2023
Nos três primeiros meses do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o saldo de empregabilidade foi de 526,1 mil. Houve redução em relação ao ano passado. O acumulado de janeiro a março de 2022 foi de 619,3 mil.
“O número de março veio acima do esperado pelo mercado, que contava com 100 mil postos. Mostra o setor de serviços ainda resiliente. Olhando adiante, há expectativa de desaceleração da criação de empregos, em linha com o processo da economia perdendo força e o resultado de aperto das condições de crédito”, analisa Patrícia Krause, economista-chefe da Latin América Coface.
A quantidade total (acumulada) de vínculos ativos com carteira assinada, em março, alcançou 42,9 milhões de registros trabalhistas. Uma alta em relação aos 41 milhões acumulados em março de 2022. De março de 2022 a março de 2023, o saldo de empregos formais foi de 1,9 milhões.
Salários
Foi também divulgado o salário médio de admissão de novos empregados. No mês de março ficou em R$ 1.960,72, um aumento de R$ 6,09 em relação ao mesmo mês do ano passado – que foi de R$ 1.954,63. Os valores são reais, com desconto da inflação.
O crescimento do salário de março é apenas na comparação com o mesmo período do ano passado. Não houve alta, quando a comparação é com janeiro e fevereiro deste ano – que respectivamente estavam com média de R$ 2.041,25 e R$ 1.990,78 para os novos contratados.
“Apesar do número de março, não acredito que estamos em um processo de geração acentuada de novas vagas. A remuneração, por exemplo, continua estável, não tendo havido crescimento significativo na média”, avalia Gilberto Braga, economista e professor de finanças do IBMEC.
Setores
Em março, houve saldo positivo de vagas em quatro dos cinco grandes setores econômicos, novamente com destaque para serviços, que abriram 122.323 postos. Houve criação de 20.984 vagas formais na indústria, 33.641 no setor de construção e 18.555 no comércio.
Na agricultura, por outro lado, foram fechados 332 postos de trabalho.
“Na análise por setor, a grande maioria são empregos na área de serviços. A economia está começando a ter uma retomada, de uma forma mais consistente, mas não em termos de produção. Está crescendo em termos de serviços”, avalia Paloma Lopes, economista da Valor Investimentos.