Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2019
Ministro disse que os demais participantes dessas conversas foram avisados da mudança de postura do governo brasileiro
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil“O Brasil deixará de participar das reuniões de coordenação de políticas educacionais do Mercosul por entender que os custos são elevados e os resultados objetivos das discussões, nulos”, afirmou nesta sexta-feira (29) o ministro Abraham Weintraub (Educação).
Ele disse que os demais participantes dessas conversas foram avisados nesta sexta da mudança de postura do governo brasileiro e ressaltou que a decisão do País “praticamente” não terá impacto no que já está em andamento. “Tudo que tiver de iniciativa na área de educação vai ser mantido. A única coisa é que essas reuniões não vão mais acontecer com a presença do Brasil”, afirmou.
“É só isso, porque, na prática, nada foi obtido. E o pouco que está sendo discutido é bilateral. Então, na prática, significa economia de recurso do pagador de imposto para mais painel fotovoltaico, para mais creche, para mais ônibus escolar. Esse que é o impacto”.
Weintraub reclamou que, na reunião que deveria acontecer nesta sexta-feira, somente o Paraguai enviou seu ministro da Educação. “A Argentina mandou alguém da embaixada, e o Uruguai não mandou ninguém. Então é um grupo que já não funcionava mais, mas tinha custos”, destacou.
O Brasil adotará reuniões bilaterais com os demais países do bloco –Argentina, Uruguai e Paraguai. “Não estamos saindo do Mercosul, estamos apenas não mais participando, na parte educacional, das reuniões do Mercosul”.
Questionado sobre os custos das reuniões, estimou que seriam um volume significativo nesses 28 anos de Mercosul. “Estamos falando de uma coisa com R$ 30 milhões, mas é um número oficioso, não oficial”, disse. As bilaterais também terão custos, admitiu, mas têm “começo, meio e fim” e um objetivo claro.