Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2024
Após a eleição suspeita na Venezuela, a amizade entre os dois líderes está estremecida.
Foto: Antônio Cruz/Agência BrasilO Itamaraty divulgou uma nota em que considera uma “surpresa” os ataques da Venezuela ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a diplomatas brasileiros após o País ter atuado nos bastidores para bloquear a sua entrada no Brics, bloco dos países emergentes.
No documento, o Brasil define como “tom ofensivo” o teor das declarações dadas pelo presidente Nicolás Maduro contra Lula, diplomatas brasileiros e assessores do Palácio do Planalto.
“A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo”, se posicionou o governo brasileiro, que ressaltou respeitar “plenamente a soberania de cada país”.
Mais cedo nesta sexta-feira (1), o Itamaraty definiu a divulgação da nota para deixar claro que não gostou dos ataques de Maduro direcionados ao Brasil.
Crise diplomática
Nesta semana, a Venezuela agravou a crise diplomática ao convocar o embaixador do país no Brasil e afirmou que o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, atua como “um mensageiro do imperialismo norte-americano”.
A crise entre os países teve início quando o Brasil não reconheceu a autoproclamada vitória de Nicolás Maduro na eleição do país, em julho. A vitória foi confirmada por órgão eleitorais venezuelanos que são alinhados a Maduro.
Mais recentemente, o Brasil e posicionou contra a entrada da Venezuela no Brics, o bloco dos países emergentes. Maduro cobrou que Lula se pronunciasse sobre a posição contrária.
Ainda nesta semana, a polícia da Venezuela publicou uma foto com bandeira do Brasil e os dizeres “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”. Na imagem também aparece silhueta de um homem que aparenta ser o presidente Lula.