Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 27 de abril de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta quinta-feira (27) com o presidente da Argentina Alberto Fernández por videoconferência. Pelas redes sociais, Lula afirmou que os dois conversaram sobre a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o aprofundamento do comércio entre os dois países.
“De volta ao Brasil, hoje no Alvorada liguei para meu amigo e presidente da Argentina, Alberto Fernández. Falamos sobre a Unasul, as relações fraternas em nosso continente e o aprofundamento do comércio entre nossos países”, escreveu Lula.
No início do mês, Lula oficializou o retorno do Brasil a Unasul, bloco fundado em 2008 durante o auge dos governos de esquerda no continente. O reingresso do país passa a valer em 6 de maio de 2023.
A Argentina também anunciou o retorno ao Unasul, hoje formado por Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, além do Peru, que está suspenso.
A Unasul nasceu em 2008, auge dos governos de esquerda latino-americanos. O Brasil entrou formalmente para o bloco em 2011, quando o tratado internacional de adesão ao bloco foi aprovado na Câmara e no Senado. Em 2019, o governo Bolsonaro aprovou a saída do país por decreto presidencial, sem passar pelo Congresso. O governo anterior era contrário à presença do Brasil num bloco que considerava um projeto ideológico da esquerda latino-americana. Bolsonaro também retirou o Brasil da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Antes de assumir o novo mandato após sua vitória nas eleições de outubro de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu que o Brasil retornaria aos dois órgãos. O bloco era integrado por 12 membros e tinha como objetivo impulsionar projetos regionais.
Em abril de 2018, o governo brasileiro junto com a Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru já tinham decidido de forma conjunta suspender a sua participação na Unasul em função da prolongada crise no organismo.
Comércio
Em janeiro, durante visita a Argentina, Lula e Fernández anunciaram que estão empenhados em avançar nas “discussões sobre uma moeda comum sul-americana”.
Lula ainda afirmou que o BNDES vai voltar a financiar projetos de desenvolvimento e engenharia em países vizinhos. Lula defendeu que o Brasil, como maior economia da América do Sul, “tem obrigação” de ser “indutor do impulsionamento das relações comerciais, políticas e econômicas” do continente.