Mais um ouro, uma prata e dois bronzes. Esse foi o saldo de medalhas no último dia de disputas do atletismo nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023, no sábado (4). Diante de um Estádio Nacional lotado, o Brasil venceu o ouro no revezamento 4x400m masculino, foi bronze na mesma prova no feminino e terceiro nos 3.000m com obstáculos. A prata ficou com Pedro Henrique Nunes no lançamento de dardos. Em oito dias de provas no atletismo, o Brasil somou 23 medalhas. Sete de ouro, dez de prata e seis de bronze.
O último ouro veio com Lucas Carvalho, Matheus Lima, Douglas Mendes e Lucas Conceição, com o tempo de 3m03s92. Lucas Carvalho, capitão do time, destacou a importância da conquista.
“Fizemos o melhor de hoje, mas creio que para ano que vem será muito melhor. E nos Jogos Olímpicos trazer o 4x400m de volta. É a primeira vez que sou campeão nesta prova com a seleção brasileira e só tenho a agradecer a todos.”
A prata no lançamento de dardos veio com a marca de 78.45, ficando atrás do americano Curtis Thompson (79.65). Sincero, Pedro Henrique Nunes revelou que nem esperava por esse resultado já no Pan.
“Sei que no Mundial eu não fui bem. Eu até esperava atingir grandes resultados, mas às vezes a gente é pego de surpresa como nesse ano, que quebrei dois recordes e me surpreendeu porque as marcas vieram em momentos em que não eram para vir. Voltei pra casa, treinei e a medalha veio”, comemorou o brasileiro.
No 4x400m feminino, Jainy Suellen, Leticia Maria, Anny Caroline e Tiffani Marinho completaram a prova em 3m34s80, ficando atrás das cubanas (ouro) e das atletas da República Dominicana (prata).
“Estou tão feliz com essa competição. Não foi o tempo que a gente esperava, mas foi o suficiente para subir no pódio. A gente sabia que tínhamos condições de brigar por uma medalha, só não sabíamos ainda a cor e só de cada um ter se entregado e ter dado o melhor, isso já me deixa bastante feliz”, explicou Tiffani.
Nos 3.000m com obstáculos, Tatiane Raquel chegou a liderar a prova até os últimos 200m, quando acabou ultrapassada pela argentina Andaluz Casetta e pela canadense Alycia Kaitlin. Raquel explicou que ainda estava se recuperando de lesão e isso chegou a comprometer seu desempenho. No entanto, ela comemorou a medalha de bronze.
“Saio muito feliz com a medalha, mas com gosto de quero mais porque eu tinha possibilidade de ganhar a prova. Essa medalha não é só minha, mas de todos os profissionais que estão comigo. Por dentro, estou um pouco triste por perder o ouro nos últimos metros, mas estou voltando de lesão e se estivesse 100% eu tinha como conseguir, mas atleta é isso e precisa de tempo para recuperar, mas estou com sede de Olimpíada, com sede de resultado.”