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Brasil evita reconhecer automaticamente eleição de Maduro e veta participação de embaixadora de nosso país em reunião para proclamar a vitória

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota dizendo que o Brasil iria aguardar a divulgação das atas da eleição para que o resultado fosse confirmado de forma imparcial. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) orientou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, a não comparecer a uma reunião convocada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para se proclamar vitorioso na eleição de domingo (28).

A orientação para o não comparecimento da embaixadora partiu do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e se estendia a todos os funcionários da embaixada do Brasil em Caracas, segundo informações do blog de Valdo Cruz, do portal de notícias G1.

A decisão do Itamaraty teve como objetivo sinalizar que o Brasil não está reconhecendo automaticamente a proclamada vitória de Maduro.

O Ministério das Relações Exteriores havia divulgado nota dizendo que o Brasil iria aguardar a divulgação das atas da eleição para que o resultado fosse confirmado de forma imparcial.

“O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração. Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados. Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”, diz o Itamaraty no comunicado.

Na avaliação de diplomatas, Maduro está “tratorando” e dando por consumada a vitória dele na eleição, contestada pela oposição sob alegação de fraude na apuração e divulgação do resultado.

Segundo assessores do presidente Lula, preocupa o fato de o Ministério Público da Venezuela ter anunciado que validava a eleição de Maduro e que estava abrindo uma investigação criminal contra Maria Corina Machado, adversária do ditador venezuelano, sob suspeita de ela ter fraudado atas das eleições.

Só que a oposição tem contestado o resultado exatamente pela ausência da divulgação da maior parte das atas das eleições para que o resultado seja confirmado. Atas que o Brasil também pediu que fossem divulgadas para que a vitória fosse confirmada de forma imparcial. As informações são do portal de notícias G1.

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