Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2023
O Brasil encerra 2023 com um novo recorde de pessoas ocupadas: 100,5 milhões no trimestre encerrado em novembro, um crescimento de mais de 850 mil na comparação com agosto. Já a taxa de desemprego ficou em 7,5%, a menor desde fevereiro de 2015. E considerando apenas os trimestres encerrados em novembro, é a mais baixa desde 2014. A queda de 0,2 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior foi a terceira consecutiva. Os dados são foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, explica que neste período do ano, é comum que a ocupação aumente, ainda assim houve avanço na comparação com o ano passado.
O IBGE identificou ainda que a maior parte dos trabalhadores que começaram uma ocupação nestes trimestres foi com carteira assinada: 515 mil. Com isso, o emprego formal no setor privado aumentou 1,4%, totalizando 37,7 milhões de trabalhadores, segundo maior patamar da série histórica. Mas os empregados sem carteira também chegaram ao maior patamar da história, mais de 13 milhões de pessoas. Com isso, a taxa de informalidade do país ficou em 39,2% da população ocupada, um ligeiro aumento de 0,1 ponto percentual na comparação com os três meses anteriores. Adriana explica que há diferença de acordo com as atividades analisadas.
Uma boa notícia é que a proporção de trabalhadores desalentados – aqueles que desistiram de encontrar trabalho – caiu 5,5%. Mas apesar de esse ser o menor contingente desde agosto de 2016, ainda havia quase 3,5 milhões de pessoas nessa situação no país. Outro dado positivo foi o aumento do rendimento médio real, que chegou a R$ 3.034 mensais.
Mais números
A melhora no mercado de trabalho foi puxada pelo aumento de 0,8%, em um ano, no total de empregos. A população ocupada atingiu 100,5 milhões, renovando o recorde histórico, com 815 mil pessoas a mais do que no trimestre móvel até novembro de 2022.
O destaque nesse crescimento foi o número de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 37,7 milhões, indicando a criação de 935 mil postos em um ano.
Com a alta, a população com carteira assinada no setor privado se aproximou do recorde máximo da série histórica da Pnad Contínua, registrado no segundo trimestre de 2014, quando ficou em 37,8 milhões de trabalhadores.