Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2023
Objetivo é conseguir apoio de países em desenvolvimento para futuras negociações de paz
Foto: ReproduçãoO Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta segunda-feira (31) que o Brasil irá à reunião convocada pela Arábia Saudita, nos dias 5 e 6 de agosto, para discutir a guerra da Ucrânia.
A iniciativa saudita foi revelada em reportagem do “Wall Street Journal” no sábado (29). A reunião deve ocorrer na cidade de Jidá, na Arábia Saudita, com representantes da Ucrânia e sem representantes da Rússia.
Segundo o jornal norte-americano, foram convidados 30 países, incluindo Brasil, Índia, Indonésia, Egito, Chile e Zâmbia. O Itamaraty informou nesta segunda que o Brasil aceitará o convite, mas ainda não definiu quem vai compor a delegação e representar o governo brasileiro no encontro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve estar na região Norte do Brasil entre os dias 4 e 9 de agosto, com compromissos que incluem a Cúpula da Amazônia.
Ucrânia em busca de apoio global
A reunião na Arábia Saudita é mais uma tentativa de Ucrânia de conseguir apoio de países em desenvolvimento, que, em boa parte, permanecem neutros em relação à guerra.
O objetivo é que o esforço possa levar a uma cúpula de paz no final de 2023, quando líderes assinariam uma carta de princípios compartilhados para o encerramento da guerra. O documento serviria como apoio à Ucrânia em futuras negociações de paz com a Rússia.
Segundo o jornal, ainda não está claro quantos países realmente vão enviar representantes à reunião na Arábia Saudita. Entre os que já confirmaram a participação, estão Reino Unido, África do Sul e Polônia, além da União Europeia.
A expectativa é de que países que participaram de uma reunião no final de junho em Copenhague, na Dinamarca, também compareçam a este novo encontro. Na ocasião, Brasil, Índia, Turquia e África do Sul foram alguns dos países que enviaram representantes.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, também deve comparecer à reunião, segundo o jornal americano.