Por Cláudio Humberto | 8 de junho de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Brasil atingiu, nesta segunda (7), a marca de 50 milhões de vacinados com ao menos uma dose desde o início da campanha de imunização, em 17 de janeiro. Equivale às populações somadas de Argentina e Paraguai. Com o total de 73,2 milhões de doses nos braços dos brasileiros, o País continua a ser o 4º país no mundo a mais vacinar, atrás da China, Estados Unidos e Índia, os maiores produtores de vacina do planeta.
Reino Unido para trás
No Brasil já são 10 milhões de doses a mais que o poderoso Reino Unido, celebrado na imprensa daqui como “exemplo” na vacinação.
Por marcas
A maior parte (58%) das vacinas aplicadas no Brasil até agora são Coronavac, seguidas pela Oxford/AstraZeneca (39%) e Pfizer (3%).
Quase a metade
Rio Grande do Sul é o estado que tem a maior proporção da população totalmente imunizada: 13,8%, seguido pelo Mato Grosso do Sul (13,6%).
Estados da Z3
O Acre é o estado que menos vacinou: 6,6%. O Amapá de Randolfe (7%) é o penúltimo, seguido pelo Maranhão de Flávio Dino (7,7%)
Câmara vota projeto que inviabiliza energia solar
Apesar da pandemia e da pior crise hídrica em 92 anos, que ameaça o Brasil com novo apagão, fala mais forte na Câmara o lobby das empresas bilionárias de geração de energia, sobretudo termelétricas, e a agência reguladora Aneel, onde mandam, para fazer os deputados votarem esta semana o projeto que estabelece quase a “taxação do sol”, inviabilizando a geração de energia solar no País. Tudo isso para que o Brasil permaneça dependente da geração suja e cara das termelétricas.
Mapa da mina
O lobby para que o governo não invista e nem deixe investir em energia limpa e renovável garante mais de R$ 20 bilhões anuais às termelétricas.
Consórcio do mal
O lobby pretende que se cobre muito caro pelo uso da rede de postes e fios que levam energia ao consumidor, inviabilizando o setor na prática.
Caríssimo lobby
O lobby contra a energia solar é liderado por figuras como Cassio Cunha Lima e, segundo o ex-senador, até o ex-presidente do TCU José Múcio.
DF já vai vacinar 55+
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse ontem que já na próxima semana serão vacinadas pessoas de 55 anos de idade. Esta semana, estão agendadas aquelas com 58 e 59 anos.
Flagrante de hipocrisia
Vaidade exacerbada e hipocrisia na política pregam peças, como revelam as fotos que flagraram o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pegando um bronze em um hotel do Rio, sem máscaras.
Pernas curtíssimas
Após vários dias de mentiras sobre a “recusa” da Seleção em disputar a Copa América, foi até engraçado começar a ler manchetes atribuindo o “recuo” à “saída de Cabloco” etc. Nada de pedir desculpa pela fake news.
Mozart Viana
O inesperado falecimento ontem de Mozart Viana chocou os deputados federais e fez circular nas redes a estupenda matéria de Dorrit Harazim na Piauí, de junho de 2009, sobre o ex-secretário-geral da Câmara.
Causa única é raridade
Monitoramento do centro de controle de doenças dos EUA (CDC) revela que apenas pouco mais de 5% das mortes relacionadas à Covid-19 tiveram o novo coronavírus como única causa de morte. Para todas as outras, em média, foram identificadas quatro comorbidades nas vítimas.
Copa, lá, não dava
A população da Argentina equivale a 21% da população do Brasil. Proporcionalmente, os hermanos têm mais óbitos, mais novos casos, além de mais casos ativos da doença.
Não era fake?
Quase 9 meses após a divulgação, pelo New York Post (4º maior jornal dos EUA), de e-mails de Hunter Biden, filho de Joe Biden, sobre pagamentos de empresas chinesa e russa, o jornal não foi processado. Mas o NY Post foi suspenso das redes sociais e acusado de “fake news”.
Diabo mora no detalhe
O debate do voto impresso criou mantra de “não há fraude comprovada na urna eletrônica”. As matérias sobre as eleições do Peru, com voto em papel, trazem preocupações sobre fraudes, também sem comprovação.
Pensando bem…
… com a Copa América sem público, só falta a CPI dar carteirada e entrar no estádio só para vaiar Bolsonaro no jogo de abertura.
PODER SEM PUDOR
Cargo é poder
Michel Temer era presidente da Câmara e, em visita oficial à União Soviética, convidou o secretário-geral da mesa diretora, Mozart Vianna, para integrar a comitiva. Em Moscou, foram acomodados em uma dacha, mansão confortável que servia à mordomia do regime, na época chefiado por Mikail Gorbatchov. Temer já desfazia a mala no quarto quando o cuidadoso Mozart Vianna bateu à porta: “Colocaram-me em uma suíte enorme, com salas, dois quartos etc, e o senhor está aqui, num quarto comum…” Michel Temer matou a charada: “É uma homenagem: afinal, você é o secretário-geral da Câmara!” Secretário-geral era o símbolo máximo do poder na URSS. Gorbatchov, o mandachuva de plantão, era secretário-geral do Partido Comunista soviético.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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