A menos que algum chefe de Estado ou de Governo resolva chutar a canela do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima, nesta quinta (22), em Washington, é improvável que o Brasil seja tratado como “vilão”, como supõe o consórcio de mídia, militantes de esquerda e donos de ONG saudosos dos bilhões que tiravam dos cofres públicos. Até porque em política externa privilegia-se o diálogo. Para diplomatas, o protocolo rígido, definido pela Secretaria de Estado, reduz o espaço para conflitos.
Tempo otimizado
É possível, mas improvável, dizem diplomatas, que dignitários gastem tempo em críticas ao Brasil, em vez de expor os próprios compromissos.
Busca de protagonismo
O evento não deve produzir decisões relevantes, servirá apenas para o norte-americano Joe Biden assumir protagonismo na agenda ambiental.
Plateia garantida
O protocolo prevê discursos de três minutos para os 40 convidados, incluindo o presidente do Brasil. Joe Biden falará o quanto quiser.
A carta em 3 minutos
Bolsonaro fará o sexto discurso do evento, reafirmando basicamente o que já expôs em carta a Biden sobre propostas e compromisso do Brasil.
CPI da Covid será a única em dez a funcionar
A CPI da Covid, ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ainda exalando odores eleitorais. Será a única a funcionar no Congresso, onde há outras nove propostas ou criadas, mas suspensas, em razão da pandemia. Só no Senado há duas CPIs sobre as causas das queimadas e do desmatamento na Amazônia, e na Câmara há sete requerimentos, que “preenchem todos os requisitos”, com assinaturas necessárias, mas não têm a mesma atenção de parlamentares e da “casa política” STF.
Que abuso?
Sem nenhum apoio político, aguarda desde maio de 2020 o pedido de CPI para investigar abuso e exploração sexual de crianças na internet.
CPI do ex-presidiário
A Lava-Jato tem pedido de CPI desde 2019, para investigar violação de direitos constitucionais, mas o objetivo já foi alcançado de outra forma.
Coisa do passado
Altas abusivas de passagens aéreas e energia, pirâmides financeiras e o envio de bilhões para Cuba também completam anos na gaveta de CPIs.
Além dos fatos?
A BBC Brasil anunciou vaga de trabalho, em Brasília, para repórter. Segundo o próprio chefe, o veículo inglês procura um profissional que “consiga pensar em pautas que vão além do factual”.
Contratado
Até o final de setembro, o Ministério da Saúde terá recebido mais de 370 milhões de doses de vacinas contra a covid, suficiente para vacinar toda a população adulta e os grupos de risco, segundo o cronograma de acompanhamento da Comissão Temporária da Covid no Senado.
Tribo do iPhone
Manifestantes pediram a saída de Bolsonaro e do ministro Ricardo Salles em frente ao Ministério do Meio Ambiente, e chamaram atenção pelos adornos indígenas e pelos celulares de última geração que ostentavam.
Sucesso nas redes
Para homenagear os 61 anos de Brasília, comemorados nesta quarta, o 1° Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército fez ensaio fotográfico dos seus cavalos em frente aos principais monumentos da Capital.
Candidatíssima
Tereza Cristina avisou que deixará o Ministério da Agricultura no limite do prazo, em abril do ano que vem, para se lançar candidata a senadora ou a deputada federal pelo Mato Grosso do Sul. Talvez até governadora.
Devagar, quase parando
A privatização dos Correios finalmente ganhou relator na Câmara, Gil Cutrim (Rep-MA). Ele será relator do projeto que autoriza a iniciativa privada a explorar serviços postais. Mas só deve sair no ano que vem.
Combate ao tráfico
Balanço da Polícia Federal informa que nos últimos sete anos foram realizadas 177 operações com o Senad, órgão paraguaio de combate ao tráfico. Foram 277 presos e 56 toneladas de drogas apreendidas.
Marcas importantes
O Brasil deve ultrapassar nesta quarta (21) os 11 milhões de imunizados contra a covid-19. O número representa mais de 5% da população. O total dos que já receberam a primeira dose é de quase 28 milhões.
Pensando bem…
… de CPI em CPI, a oposição enche o bico.
PODER SEM PUDOR
Pateta ocupado
Sobrinho do polêmico ex-senador Carlos Alberto De Carli, o vereador Paulo De Carli (PDT) chamou de “os três patetas” o então governador do Amazonas, Eduardo Braga, o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) e o prefeito de Manaus, Serafim Corrêa. Mas, dias depois, pediu audiência a Serafim. Ouviu a resposta: “O pateta está ocupado, não pode receber o senhor…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos