Por Flavio Pereira | 21 de agosto de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A sexta-feira amanheceu com mais um surpreendente movimento feito pelo inquieto ministro Alexandre de Moraes, do STF. Desta vez articulado com a Procuradoria-Geral da República, acionou a Polícia Federal contra 13 alvos que ameaçam a sólida democracia brasileira e a Suprema Corte. Eles foram proibidos de se aproximar da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um deles, o perigoso cantor sertanejo e deputado federal Sergio Reis, de 81 anos. Outro, o perigosíssimo Zé Trovão, apelido de José Antônio Pereira Gomes, caminhoneiro, dono de um canal no YouTube, e Wellington Macedo de Souza, jornalista, coordenador da “Marcha da Família”. Outro alvo, Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, grupo econômico que representa mais de 200 produtores de soja e milho no Brasil e um dos líderes do Movimento Brasil Verde e Amarelo, criado em 2017.
Presidente da Aprosoja vê abusividade
O presidente da Aprosoja, Antonio Galvan, percebeu que os movimentos do STF visam enfraquecer a mobilização pacífica que vem sendo organizada para o dia 7 de setembro, para defesa da democracia e protestar contra abusos cometidos por membros do STF:
“Onde você estiver proteste contra essa abusividade do Supremo Tribunal Federal. Isso [mandado de busca e apreensão] nos dá mais força ainda.”
“Dentro das quatro linhas”, pedido de impeachment de Alexandre de Moraes
Dentro desse contexto, se insere o movimento feito ontem pelo presidente Jair Bolsonaro que, através da Advocacia-Geral da União, protocolou no Senado Federal pedido para abertura de processo para afastamento do ministro Alexandre de Moraes, do STF, nos termos do que prevê o artigo 52 da Constituição Federal, pelo possível cometimento de “crimes de responsabilidade ao proceder de modo incompatível com a honra e dignidade de suas funções e ao proferir julgamento sendo, de acordo com a lei, suspeito na causa”. O gesto de Bolsonaro se insere na promessa feita, de “continuar jogando dentro das quatro linhas, conforme prevê a Constituição”.
Ministério da Saúde denuncia desvio de 1,3 milhão de vacinas para favorecer São Paulo
O Ministério da Justiça decidiu acionar o Instituto Butantan que teria retirado, sem acordo prévio com os demais envolvidos nas decisões, um número maior de vacinas para o estado paulista, em prejuízo aos demais estados brasileiros. Pelas contas do ministério, pelo menos 1,35 milhão de doses foram desviadas para favorecer São Paulo, sem autorização federal. Seriam dois desvios: o primeiro, de 904 mil doses, e o outro, de 452 mil doses, prejudicando os demais estados.
Banrisul não aumenta juro para crédito imobiliário, apesar da alta na Selic
Ousado, o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) anunciou nesta sexta-feira que vai manter as taxas de juros já praticadas em financiamentos imobiliários, apesar da elevação da taxa básica (Selic) de 4,25% para 5,25% ao ano. A decisão do Banrisul de permanecer com as mesmas taxas vai na contramão dos bancos privados, que estão reajustando os juros do crédito imobiliário. A taxa mínima do Banrisul é de 6,99% ao ano, mas os juros aplicados na concessão do crédito variam de acordo com o perfil do cliente, que pode financiar até 90% do seu imóvel residencial urbano, novo ou usado, com prestações decrescentes e prazo de até 35 anos. Segundo o Banrisul, o cliente que já tem crédito imobiliário em outra instituição financeira pode portar o seu financiamento para o Banco.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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