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Brasil Brasil ocupa o 18º lugar no quesito “generosidade”, segundo fundação do Reino Unido

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Aumento da fome e de pessoas morando nas ruas leva as pessoas a serem mais compassivas. (Foto: Divulgação/ CUFA Triunfo)

Surpreendentemente, o mundo se tornou um lugar mais solidário em 2021, e o Brasil subiu várias posições no ranking do World Giving Index (WGI) 2022, o mais respeitado estudo que mede a generosidade global praticada por meio de três quesitos: atos de bondade em relação a desconhecidos, doações em dinheiro e ações de voluntariado. O Brasil ocupa a 79ª posição no ranking mundial de doações filantrópicas,

Pelo quarto ano consecutivo, o Brasil subiu no ranking geral da pesquisa, pulando da 54ª para a 18ª posição, sua melhor colocação até agora. E à frente de muitos países ricos.O crescimento aconteceu em todas as categorias de avaliação, sendo ainda mais expressivo na “ajuda a um desconhecido”, na qual foi de 36º para o 11º lugar.

Em 2021, os dez países mais generosos do mundo foram Indonésia, Quênia, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Mianmar, Serra Leoa, Canadá, Zâmbia e Ucrânia. Este último subiu de 20º lugar para 10º, sendo o único país europeu entre os dez primeiros. Note-se que a pontuação se dá nos dados coletados antes do conflito com a Rússia, o que reflete, segundo a pesquisa, as novas formas de engajamento surgidas com o aumento nos padrões de vida e as necessidades criadas pela pandemia.

Pelo quinto ano consecutivo, o país mais generoso do mundo é a Indonésia, onde 84% da população afirma ter feito doação em dinheiro em 2021, 63% praticaram o voluntariado e 58% ajudaram uma pessoa desconhecida. Segundo Paula Fabiani, CEO do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), que representa a CAF no Brasil, a boa performance do país possivelmente está ligada à religião.

Com a maior população muçulmana do planeta, proporcionalmente, a Indonésia pode liderar o ranking, segundo Fabiani, por conta da obrigatoriedade do pagamento do zakat, uma espécie de dízimo dos muçulmanos, uma ação de caridade para com os menos favorecidos que deve ser feita pelo menos uma vez ao ano.

O WGI é uma das maiores pesquisas sobre doações já produzidas, com quase 2 milhões de pessoas entrevistadas desde 2009. Este ano inclui dados de 119 países, representando mais de 90% da população adulta global.

Dados

No dado geral, em 2020, 35% dos brasileiros afirmaram ter praticado algum gesto de solidariedade, percentual que subiu para 47% em 2021. Na ajuda a estranhos, o indicador aumentou de 63% para 76%; nas doações em dinheiro, foi de 26% para 41%, e no voluntariado, de 15% para 25%.

Paula Fabiani, CEO do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), que representa a CAF no Brasil, avalia que a performance do país é uma excelente notícia para o movimento que promove a cultura de doações, e indica maior engajamento da sociedade, com destaque para a ajuda a estranhos.

“É a forma mais básica de solidariedade. A pesquisa pergunta – você ajudou um estranho no último mês? Não pode ser ajuda a alguém da família, nem pode ser em dinheiro. Foram 76% da população, ou seja, três em cada quatro brasileiros fizeram esse gesto”, afirma. Para ela, o aumento da fome e de pessoas morando nas ruas são evidências das necessidades sociais crescentes, o que leva as pessoas a serem mais compassivas.

Para Neil Heslop, CEO da Charities Aid Foundation, “a generosidade assume diferentes formas ao redor do mundo, e até mesmo suas definições diferem entre as culturas”, diz ele no relatório. “A covid-19 afetou mais os mais pobres e vulneráveis do mundo, o que também interrompeu o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Doadores privados e empresas provavelmente serão chamados para preencher lacunas de financiamento e organizações da sociedade civil precisarão descobrir a melhor forma de direcionar seus recursos limitados para o maior impacto. No entanto, após dois anos difíceis e com mais desafios que provavelmente virão, continuamos a ver grandes exemplos de generosidade global.”

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