Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 12 de junho de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Brasil aplicou pouco mais de 78 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 desde o início da campanha nacional de imunização e pode superar a importante, e psicológica, marca de 100 milhões de doses no braço dos brasileiros até o fim deste mês. Para isso se concretizar, não é necessária grande aceleração no Plano Nacional de Imunização (PNI), basta apenas manter a média de doses aplicadas nos últimos cinco dias.
A conta fecha
Desde segunda, o Brasil aplicou, em média, 1,1 milhão de doses por dia. Até o dia 30, aplicaria pouco mais de 21 milhões de doses necessárias.
Pedra no sapato
O grande desafio é elevar o número de doses aplicadas aos finais de semana, que puxam a média geral para baixo, atualmente em 850 mil.
Meta plausível
A expectativa em torno da marca ganhou força com as novas entregas, que fizeram o total de vacinas disponibilizadas chegar a 109,2 milhões.
Caminho traçado
O primeiro lote de vacinas da Fiocruz foi entregue em 17 de março e, três meses depois, segundas doses começam a ser aplicadas esta semana.
Eleição na ONU mostra prestígio mundial do Brasil
O Brasil mostrou mais uma vez sua importância na cena internacional ao ser eleito pela 11ª vez, com 181 votos, para integrar o Conselho de Segurança das Nações Unidas, o mais destacado colegiado da ONU, agora para o biênio 2022-23. Apesar disso, o governo brasileiro defende a reforma do conselho. Hoje, são apenas cinco membros permanentes e com direito a veto, refletindo a situação política pós-Segunda Guerra. Os cinco são exatamente os líderes da vitória contra o nazi-fascismo.
Atualização necessária
O Brasil avalia que o modelo envelheceu, ilumina o passado já remoto e negligencia a dinâmica internacional dos nossos tempos.
Mesmo patamar
Na eleição anterior para o conselho da ONU, em 2009, o Brasil teve 182 votos. Ou seja, o País continua no mesmo patamar de há 12 anos.
Grande responsabilidade
O Conselho decide sobre medidas em relação a estados que não se coadunem com as normas relativas à paz e à segurança internacionais.
Alvos seletivos
“CPI da Pandemia vai investigar defensores da cloroquina”, informa o site do Senado. Entre eles não estão, claro, os governadores que gastaram dinheiro público adotando cloroquina, a exemplo do filho do relator.
Gabinete ‘paralelo’
Um dos “pais fundadores” dos Estados Unidos, Andrew Jackson, cujo rosto aparece na nota de 20 dólares, mantinha seu “gabinete paralelo”, o “ginger group”, pessoas “de fora” que o aconselhavam nas decisões.
Interesse recorde
O Google Trends, que avalia buscas na internet, revela que desde 2004, início da série histórica, o maior interesse por “CPI” no Brasil foi em 2005, com a dos Correios, que apurou mensalão e ladroagem no governo Lula.
E ninguém vai preso
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) revelou uma gritante de exploração. O valor dos planos de saúde coletivos subiu 38,5%, sob os auspícios (e a omissão) da agência reguladora ANS.
Maioria aprova
Enquete do site Diário do Poder, com 1.052 leitores, revela que 83% são favoráveis à impressão de comprovante do voto na urna eletrônica, como acontece em dezenas de países e na Índia, maior democracia do mundo.
Lista negra
A proposta de Alessandro Vieira (Cid-SE) para “combater fake news” pretende que Facebook, Twitter etc. mantenham uma “lista” de todos os perfis que foram punidos nas plataformas. Dividido por gênero e idade.
Alento na crise
Empresários nordestinos do turismo, severamente atingidos pela crise da pandemia, receberam uma ótima notícia: o BNB começou a liberar o Fundo Geral do Turismo, linha de crédito do Ministério do Turismo.
Estudo profundo
Pesquisa do Google News Initiative revela que o fim dos classificados é o maior responsável por fazer despencar o faturamento dos jornais impressos europeus, entre 2003 e 2019. A tendência é mundial.
Pensando bem…
… com 45 milhões de doses aplicadas em dois meses, desde sua criação, o desafio da CPI da Pandemia é avançar no mesmo ritmo.
PODER SEM PUDOR
Escolha ‘democrática’
Com o súbito falecimento do governador de Minas Gerais, Olegário Maciel, o ditador Getúlio Vargas teve de escolher o substituto. Pediu listas sêxtuplas a Antônio Carlos e a Gustavo Capanema e a ambos solicitou que nelas incluíssem um delegado de polícia de Pará de Minas: Benedito Valadares. Foi, claro, o escolhido. Interpelado depois sobre a decisão, Getúlio explicou: “Benedito era o único nome comum às duas listas…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Cláudio Humberto