Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2022
O material foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos
Foto: Raphaella Dias/MCTIO Brasil recebeu o material biológico necessário para iniciar o desenvolvimento de uma vacina contra a varíola dos macacos, conhecido tecnicamente como “sementes do vírus vacinal”.
Entregue na segunda-feira (5), o material foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos para o Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Esse é o primeiro passo para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a doença. Com o material, é possível desenvolver o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), que é a matéria-prima para a produção de vacinas. O Centro de Tecnologia de Vacinas trabalhará em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A iniciativa é uma das ações definidas como prioritárias pelos pesquisadores brasileiros que integram a CâmaraPOX do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Constituído em maio, o grupo é formado por oito pesquisadores brasileiros especialistas em varíola dos macacos.
A principal forma transmissão da varíola dos macacos ocorre por contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva. A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos.
Os sinais e sintomas, em geral, incluem: Erupções cutânea ou lesões de pele; Adenomegalia – Linfonodos inchados (ínguas); Febre; Dores no corpo; Dor de cabeça; Calafrio e Fraqueza.
Todas as pessoas com sintomas compatíveis de varíola dos macacos devem procurar uma Unidade Básica de Saúde imediatamente e adotar as medidas de isolamento. O diagnóstico é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. As amostras são direcionadas para oito laboratórios de referência no Brasil.