Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2022
No País, a principal causa das mortes maternas é a hipertensão
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO Brasil registrou, no ano passado, média de 107 mortes de mães a cada 100 mil nascimentos, de acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna. A taxa se refere ao número de mulheres que morreram durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas à gestação.
O Brasil apresenta números bem distantes dos fixados pela ONU (Organização das Nações Unidas). Até 2015, a meta era atingir menos de 35 mortes por 100 mil nascimentos, e o País estava na faixa de 70 a 75 óbitos maternos. Com os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), a ONU indicou, até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos.
No Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e no Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, celebrados neste sábado (28), o vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Mortalidade Materna da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Rodolfo de Carvalho Pacagnella, assegurou que as mortes podem ser evitadas.
“A grande questão é que ela [morte] acontece, em geral, por causas evitáveis. São situações que poderiam ter sido identificadas ao longo do cuidado dessa gestante, durante o pré-natal e, especialmente, nos momentos próximos ao nascimento. E essas condições não foram identificadas e não foram tratadas de forma oportuna”, explicou.
Causas
No Brasil, a principal causa das mortes maternas é a hipertensão. Em segundo lugar, aparece a hemorragia, seguida de aborto inseguro e infecção puerperal. Depois, vêm as causas indiretas, associadas a condições físicas já existentes ou agravadas na gestação, como doenças cardíacas, renais, câncer, entre outras.