O Brasil registra 951 mortes pela dengue desde o início do ano até 15 de novembro. Esse é o maior número desde ano de 2019, segundo o último boletim epidemiológico de arboviroses do Ministério da Saúde. Naquele ano inteiro, 840 pessoas vieram a óbito por conta da doença. Nos anos seguintes, as mortes foram 574 (2020) e 244 (2021).
De acordo com o documento, os casos prováveis da doença em 2022 são 1.376.536 até agora. Na comparação com 2019, houve redução de 7,8% de casos registrados para o mesmo período analisado. Quando comparado com o ano de 2021, houve um aumento de 180,5%.
Este ano, os dados do Ministério da Saúde apontam que o maior número de óbitos foram em São Paulo (274), Goiás (142), Paraná (107), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66). Outras 114 mortes ainda estão em investigação.
“Temos a tendência real de chegarmos perto de mil mortes neste ano, atingindo um recorde com essa doença que desafia a sociedade como um todo”, alerta Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Incidência
A região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, medida através do número de casos a cada 100 mil habitantes.
Centro-Oeste: 1.951,7 casos/100 mil habitantes;
Sul: 1.036,2 casos/100 mil habitantes;
Sudeste: 502,8 casos/100 mil habitantes;
Nordeste: 415,9 casos/100 mil habitantes;
Norte: 237,3 casos/100 mil habitantes.
Os municípios que apresentaram os maiores registros de casos prováveis de dengue até a respectiva semana foram as seguintes:
Brasília (DF): 65.699 (2.123,2/100 mil habitantes);
Goiânia (GO): 53.281 (3.425,1/100 mil habitantes);
Aparecida de Goiânia (GO): 24.122 (4.008,0/100 mil habitantes);
Joinville (SC): 21.318 (3.525,3/100 mil habitantes);
Araraquara (SP): 21.056 (8.753,6/100 mil habitantes);
São José do Rio Preto (SP): 19.260 (4.105,1/100 mil habitantes).