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Saúde Brasil registra a primeira morte por varíola dos macacos

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A vítima é um morador da cidade mineira de Uberlândia

Foto: Agência Brasil
País tem a maior quantidade de infectados na América Latina e a terceira no mundo. (Foto: EBC)

O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (29), a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O óbito foi em Minas Gerais na última quinta-feira (28).

A vítima é um homem de 41 anos com graves problemas de imunidade, segundo a pasta. O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, disse que o paciente que não resistiu estava em tratamento oncológico (linfoma) e era imunossuprimido. Ele residia em Belo Horizonte, mas era natural de Pará de Minas.

A morte ocorrida no País é atualmente considerada a 6ª no mundo desde que o atual surto foi verificado. Horas depois da confirmação no Brasil, o 7º óbito no mundo foi declarado na Espanha, o primeiro na Europa. Antes dos desfechos no Brasil e na Espanha, três falecimentos já tinham sido verificados na Nigéria e outros dois na República da África Central.

O País já registra mais de 1 mil casos confirmados da doença. Nesta semana, a cidade de São Paulo confirmou os primeiros casos em crianças. No Rio Grande do Sul, há cinco diagnósticos positivos.

Na última quarta-feira (27), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou a criação do Comitê Técnico da Emergência Monkeypox. Segundo a agência reguladora, a atuação do grupo “permitirá ações coordenadas e céleres para salvaguardar a saúde pública”.

A Anvisa afirmou que o objetivo é acelerar o desenvolvimento de pesquisas clínicas e a autorização de medicamentos e vacinas contra a varíola dos macacos.

O foco do grupo será a atuação colaborativa das “áreas técnicas de pesquisa clínica, registro, boas práticas de fabricação e farmacovigilância, bem como das terapias avançadas, inclusive com os profissionais de saúde e a comunidade científica”.

Sintomas

Os principais sintomas da varíola dos macacos são: febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios inchados, calafrios e exaustão. Dentro de um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. Essas medidas também evitam a infecção pela covid.

Emergência

Há uma semana, a varíola dos macacos foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma “emergência de saúde global”.

A decisão pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e avançar na luta por vacinas, que estão em falta. Na prática, o estado de emergência obriga agências sanitárias pelo mundo a aumentar medidas preventivas.

Atualmente, só há outras duas emergências de saúde deste tipo: a pandemia do coronavírus e o esforço contínuo para erradicar a poliomielite.

tags: em foco

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