Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2021
Estudo considera mortes naturais, como por Covid e outras doenças, mas não as por arma de fogo e acidentes.
Foto: EBCO Brasil teve, nos primeiros 4 meses de 2021, 64% a mais de mortes por causas naturais do que o que era esperado, aponta um levantamento divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
O estudo, realizado pela organização global de saúde Vital Strategies, aponta que houve 211.847 mortes a mais do que o que era esperado entre os dias 1º de janeiro e 17 de abril deste ano – período analisado neste balanço.
As mortes por causas naturais incluem as que ocorreram por doenças, como a Covid-19. Nesse critério, não entram aquelas por acidentes ou armas de fogo, por exemplo.
O que é “excesso de mortes”
Na análise dos dados, os pesquisadores apontam que a infecção pelo coronavírus é um dos fatores responsáveis pelo excesso de mortalidade.
“Esta comparação dá uma dimensão do enorme impacto da epidemia de Covid-19 no país, já nos primeiros meses de 2021”, disse em nota o assessor técnico do Conass, Fernando Avendanho.
Ao todo, em 109 dias, era esperado que 328.665 pessoas morressem por causas naturais, com base nos dados históricos do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) do Ministério da Saúde de 2015 a 2019.
Veja os principais pontos do levantamento:
Mortes por Covid-19
O Painel do Conass e Vital Strategies não aponta a causa das mortes. Com base no levantamento do consórcio de veículos de imprensa, em 1° de janeiro deste ano, o Brasil contabilizava 195,4 mil mortes confirmadas pela Covid-19 desde o início da chegada do Sars-CoV-2. Em 17 de abril, este número chegava a 371.889 mortes.
Em todo o ano passado, o excesso de mortalidade ficou em 22%. Em números absolutos, foram identificadas 275.587 mortes a mais do que o esperado.