Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2021
Seleção sofre durante quase todo o jogo, leva a virada e se despede de forma melancólica
Foto: COB/TwitterO peso da derrota para o Comitê Olímpico Russo ainda era evidente. Ao entrar em quadra contra a Argentina na madrugada deste sábado (07), o Brasil precisava se livrar da ressaca da queda para evitar um fim ainda pior. Não conseguiu. Apática na maior parte do tempo, a seleção caiu para os rivais em 3 sets a 2, parciais 25/23, 20/25, 20/25, 25/17 e 15/13. Assim, fica fora do pódio no vôlei masculino na Olimpíada de Tóquio.
É a primeira vez que a seleção fica fora do pódio olímpico desde 2000, em Sydney. Desde então, havia chegado à decisão em todas as edições. Nas Olimpíadas na Austrália, a equipe caiu nas quartas de final justamente para a Argentina, que terminou em quarto lugar. Naquele ano, a seleção fechou a sua participação na sexta posição.
A seleção brasileira chegou a Tóquio como grande favorita. Em quadra, porém, não conseguiu confirmar a superioridade. Ao cair nas semifinais para a Rússia, precisava recalcular a rota. Na disputa pelo bronze, porém, não conseguiu se livrar do peso da decepção. A ausência no pódio deixa marcas expostas em um grupo acostumado a vencer.
Não foi um início dos mais fáceis. Em dois bloqueios, um de Solé e outro de De Cecco, a Argentina abriu 7/5 na conta. A seleção tentava afastar qualquer apatia diante de uma busca que não era a sonhada. Àquela altura, a Argentina parecia querer mais. Em dois pontos seguidos de Facundo Conte, os Hermanos abriram 13/9.
Renan mudou. Mandou Douglas Souza à quadra no lugar de Leal, em uma tentativa melhorar o passe e dar mais vibração ao time. A seleção melhorou. Em um ponto do ponteiro, fez a diferença cair para dois pontos, em 19/17. Marcelo Méndez, então, pediu tempo. O Brasil até ameaçou encostar, mas ficou no quase. Um ponto de Conte fechou o set em 25/23.
2° set – Brasil reage e empata o jogo
Era preciso reverter o cenário. A seleção tentou entrar em quadra mais confiante. Na vibração de Lucarelli, no bloqueio, fez 6/5 e passou à frente na conta. Era um início melhor que o da parcial anterior. Maurício Souza, ao parar o ataque de Conte, fez o placar abrir 10/7 a favor do Brasil. Marcelo Méndez, mais uma vez, parou o jogo.
A Argentina voltou a encostar. Durante boa parte do set, se manteve na cola no placar, tentando tomar a frente. Mas, em um bloqueio de Lucarelli, a seleção abriu 20/17. O time brasileiro, então, se impôs na marra. No ponto de bloqueio de Wallace, fechou a parcial em 25/20.
3° set – Brasil se impõe e passa à frente
A Argentina voltou melhor no terceiro set. Abriu 4/1 até com certa facilidade. A seleção brasileira precisou rearrumar a casa. Chegou a ficar quatro pontos atrás no placar, mas chegou ao empate em uma pancada de Wallace no contra-ataque: 10/10. A Argentina voltou a abrir, e o Brasil foi buscar mais uma vez em um ace de Wallace (13/13).
Em um erro de Sole, o Brasil abriu 19/17 na reta final. A Argentina tentou buscar, mas esbarrou na vontade dos brasileiros. Àquela altura, já não havia mais apatia. A seleção pareceu lembrar de sua superioridade aos rivais e se impôs. Em um bloqueio de Wallace, fechou o terceiro set e pulou à frente na partida: 25/20.
4° set – Seleção despenca, e Argentina força o tie-break
Mas quando tudo parecia dominado, a apatia voltou. A seleção caiu de ritmo de uma forma assustadora. A Argentina disparou no placar com alguma facilidade. Em um erro de Lucão, o time rival abriu 15/7. O Brasil até tentava reagir, mas parecia sem forças. Na pancada de Conte, a Argentina fez a diferença abrir para 20/13. A partir dali, nada mudou. No ponto final, os traços de melancolia no saque de Lucarelli por debaixo da rede: 25/17.
5° set – Argentina liquida fatura e empurra Brasil do pódio
Ali, nada mais parecia dar certo. Renan mudou praticamente todo o time. Cachopa, Douglas Souza, Isac, Alan. Todos em quadra para tentar evitar a queda. Não conseguiram. A Argentina, mais vibrante, dominou a parcial. Abriu 10/6 e se aproximou da vitória. Um ataque certeiro de Douglas Souza diminuiu a diferença e reacendeu as chances do Brasil. Lucarelli, com um ace, deixou tudo igual em 12/12. Foi um último suspiro. No fim, vitória argentina por 15/13.