A quantidade de mortes pela por covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas chegou a 1.840 nessa quarta-feira (3), novo recorde da pandemia no País. O número põe o Brasil perto de assumir a liderança nos registros diários de óbitos em todo o mundo, só atrás dos Estados Unidos, que têm observado queda na incidência da doença nas últimas semanas.
A média móvel de mortes nesta quarta ficou em 1.332, dado que representa uma média dos últimos sete dias. Na prática, significa dizer que 9,3 mil pessoas morreram na última semana.
O Brasil vive o seu pior momento da pandemia com avanço nos casos, internações e óbitos pelo novo coronavírus. Para a Fiocruz, a situação é “alarmante”. Dezoito Estados e o Distrito Federal têm taxa de ocupação de leitos de UTI covid acima dos 80%.
Protagonismo mundial em mortes
O recrudescimento do cenário coloca o País perto de assumir o protagonismo mundial em relação aos registros diários de mortes, posto historicamente ocupado pelos Estados Unidos. Com a ampla vacinação que já chegou a 78 milhões de doses aplicadas em norte-americanos, o País agora vê queda nos índices, ainda que elevados na comparação mundial.
Mais restrições
O País tem um total de 10.722.221 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, a esse total foi somado 74.376 testes positivos.
Segundo o Ministério da Saúde, 9.527.173 pessoas se recuperaram da covid-19 e há outras 862.392 em acompanhamento.
Mais vacinas
O Ministério da Saúde decidiu assinar contratos para compra de vacinas contra a covid-19 dos laboratórios Pfizer e Janssen.
Os contratos estão em fase de elaboração e devem ser assinados até o início da próxima semana, com determinação da quantidade de doses a serem entregues.
Em reunião nesta quarta com representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou à entidade que a elaboração do contrato com a Pfizer está em andamento e que o ministério está em negociações com a Janssen.
À tarde, o ministro Pazuello e membros da cúpula do Ministério da Saúde se reuniram por videoconferência com representantes da Pfizer. A proposta apresentada pela Pfizer, com a qual o ministério concordou, prevê 8,715 milhões de doses até junho; 32 milhões até setembro; e 59,285 milhões até dezembro — no total, são 100 milhões de doses.
“Vamos fazer uma divulgação conjunta de um documento mostrando que estamos nessa fase da negociação. A proposta de cronograma que está sendo apresentada para nós é uma boa proposta, e a partir de agora a gente segue os trâmites de fazer esse contrato o mais rápido possível”, disse o ministro Pazuello em vídeo divulgado após a reunião pela assessoria do ministério.
Após o encontro com a Pfizer, Pazuello se reuniu com representantes da Janssen, empresa do grupo Johnson&Johnson. A proposta da Janssen é de fornecimento de 38 milhões de doses no segundo semestre. Um dos pontos da negociação é a instalação de um parque de produção do laboratório no Brasil.
A Janssen divulgou comunicado no qual informou ter expectativa de concluir as negociações de um acordo com o Ministério da Saúde e fornecer vacinas para o Brasil.
“Após a assinatura do contrato para a aquisição de vacinas da Janssen pelo Ministério da Saúde e autorização regulatória, a empresa disponibilizará sua vacina de dose única na quantidade e nas condições que vierem a ser acordadas. Em paralelo, seguimos trabalhando nos demais processos regulatórios junto à Anvisa para viabilizar a utilização da vacina da Janssen no Brasil, em um modelo sem fins lucrativos durante a pandemia”, diz o texto.