Ministério da Saúde divulgou um novo balanço dos casos e mortes devido à febre amarela no Brasil nesta terça-feira (30). Foram 213 casos confirmados da doença, sendo que 81 pessoas morreram devido à infecção. Os números foram contabilizados desde 1º de julho de 2017.
O governo federal recebeu 1.080 notificações de casos suspeitos – 432 foram descartados e 435 permanecem sob investigação. Em comparação com o mesmo período de 2016/2017, há uma queda de 54% nos casos confirmados. As mortes devido à doença diminuíram 44%.
Vacinação dos foliões
Esta terça-feira é o último dia para quem está planejando uma viagem para o feriadão do carnaval e precisa se imunizar contra a febre amarela. A vacina leva dez dias para fazer efeito.
A imunização é necessária apenas para as áreas consideradas de risco pelo Ministério da Saúde. São locais onde pessoas ficaram doentes ou foram encontrados macacos infectados com a febre amarela silvestre. Não há casos de febre amarela urbana no País desde 1942.
Sintomas da infecção
As primeiras manifestações da febre amarela são inespecíficas (já que podem ser confundidas com outras doenças). As pessoas atingidos podem apresentar, no entanto, febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias, mas a maioria das pessoas melhora após esse período, de acordo com informações da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Já a forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
A doença é transmitida quando um mosquito pica um humano ou macaco infectado e, depois, com o vírus em seu organismo, volta a picar uma pessoa ou animal.
1) Quem pode tomar a vacina?
Crianças a partir de nove meses e adultos até 59 anos.
2) Quem pode tomar com restrições?
Pessoas acima de 60 anos e gestantes só devem receber o imunizante se não apresentarem nenhuma contraindicação e estiverem muito próximos a locais com casos relatados.
Indivíduos com HIV/Aids também podem desde que não apresentem imunodeficiência grave. Para isso, deve ser feito exame para contagem de CD4 (células de defesa), informa a Fiocruz.
Mulheres que estão amamentando devem suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação.
3) Quem não pode tomar a vacina, mesmo estando em regiões de risco?
Crianças menores de nove meses. Pessoas com câncer, indivíduos que passaram por transplante e pessoas com alergia grave ao ovo. Todos com deficiência no sistema imune também devem consultar um médico.
4) Como proteger bebês com menos de nove meses e pessoas que não podem tomar a vacina?
Nesses casos, devem ser utilizados métodos para evitar picadas de mosquitos e, no caso de viagem para área de risco, analisar a possibilidade de adiamento.
Para quem mora em região de risco, o uso de repelentes, telas de mosquito, blusas de manga comprida e calças, além da manutenção de portas e janelas fechadas podem ajudar a evitar a exposição.
Vale lembrar que o repelente é contraindicado para crianças menores de seis meses, que devem ser mantidas todo o tempo em ambientes protegidos por telas e mosquiteiros em regiões de risco, informa o Ministério da Saúde.