Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de outubro de 2015
O Brasil acumula uma dívida de 15,29 milhões de dólares com a OEA (Organização dos Estados Americanos), o que tem enfraquecido a voz do País nos debates do organismo. Uma parcela de 3,1 milhões de dólares da contribuição do Brasil de 2014 foi paga em junho, mas não há previsão para quitar o restante. O total da dívida equivale a 5 milhões de dólares da cota de 2014 mais os 10,28 milhões de dólares de 2015.
Entre os 34 países-membros da OEA, o Brasil é o que tem a maior dívida com a organização, seguido da Venezuela, com 5,1 milhões de dólares (Caracas, por sua vez, está inadimplente há mais tempo). A contribuição de cada país é proporcional ao seu PIB. Fontes diplomáticas afirmam que a inadimplência do Brasil debilita sua atuação no organismo e a autoridade para “falar grosso” em casos de crises ou controvérsias envolvendo os países-membros. Diplomatas brasileiros têm sido cobrados. Barbados, que lidera um grupo de países do Caribe, sugeriu que o Brasil fosse punido pelo atraso, mas a ideia não prosperou.
Sem tradução
A ameaça de perda de espaço político começa a se refletir na representatividade do Brasil no dia a dia. Algumas sessões da organização estão sem tradução para o português, um dos quatro idiomas oficiais da OEA, além do espanhol, do francês e do inglês. Não é uma punição direta ao calote, já que os fundos arrecadados em tese são encaminhados de forma indiscriminada às atividades da organização, mas diplomatas veem relação entre as coisas.