Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2022
O Brasil atingiu os 592 casos confirmados da monkeypox, a varíola dos macacos, segundo dados do Ministério da Saúde. A maioria dos casos (429) está em São Paulo, seguido do Rio de Janeiro (85) e Minas Gerais, com 32 casos. O Distrito Federal tem 12 casos, o Paraná, 10, Goiás, 9, e a Bahia, 4.
O Ceará, o Rio Grande do Sul, o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo têm dois episódios da doença cada. Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina registraram um cada.
Até esta quinta-feira (21), a Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia sido notificada de mais de 14 mil casos em 72 países; o Brasil está entre os que têm os maiores números de infecções. O primeiro caso do ano foi confirmado no início de maio, no Reino Unido.
A pasta da Saúde afirma estar mantendo articulação direta com as unidades federativas para monitorar os casos e rastrear o contato dos pacientes com quaisquer possíveis infectados.
Sintomas e cuidados
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação da varíola dos macacos fica entre 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. Os primeiros sintomas, que começam a aparecer após o quinto dia da infecção, são febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), dor nas costas, mialgia (dores musculares), astenia intensa (falta de energia).
Entre 24 e 36 horas do início da febre, os especialistas apontam para o aparecimento de um novo sintoma da infecção: erupções cutâneas, ou seja, na pele. Quando a infecção não é controlada, o vírus pode causar graves desdobramentos para a saúde do indivíduo, que podem incluir infecções secundárias como a broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão.
A varíola dos macacos é transmitida através do contato físico com pessoas que tenham sintomas da infecção. Para ser mais preciso, as erupções e o pus dessas lesões são altamente infecciosos — até roupas de cama, toalhas e objetos contaminados podem transmitir o vírus.
Segundo a OMS, úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva. As pessoas que interagem com alguém que é infeccioso, incluindo profissionais de saúde, membros da família e parceiros sexuais, correm maior risco de infecção.
Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo a boca e o nariz.
Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las.
Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.