Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2020
O Brasil ultrapassou o marco de 191 mil mortos pelo novo coronavírus com a confirmação de 331 mortes neste domingo (27), segundo levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa. O total não inclui os dados Minas Gerais, que não divulgou as informações até as 20h, horário limite do balanço diário. Com isso, 191.139 pessoas já morreram em decorrência da doença.
Na contagem, bastante inferior à dos últimos dias, não constam os dados de três estados que não apresentarem óbitos: AP, CE e RR. A maioria dos Estados está com curva considerada estável. São 13 nesta condição. Outros oito apresentam aceleração, enquanto cinco e o DF têm condição de queda.
Além disso, a redução de equipes durante feriados tende a represar dados que são inseridos à contagem pelos estados nos dias subsequentes. Assim, a média móvel de mortes para os últimos sete dias está em 625, o que representa a quarta queda seguida nesta estatística. É a menor media de mortos desde 8 de setembro, com 617 à época.
Já o governo federal divulgou a inclusão de 344 novas mortes em decorrência da covid-19 no País. causada pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Também foram registrados 18.479 novos diagnósticos, o que eleva para 7.484.285 o total de infecções no País. O governo também contabiliza 6.515.370 pessoas recuperadas, e 777.776 seguem em acompanhamento.
Vacina de Oxford
O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca afirmou ter encontrado, após pesquisas adicionais, “a fórmula vencedora” para sua vacina contra covid-19 desenvolvida com a Universidade de Oxford, sobre a qual a agência reguladora britânica deve comentar nos próximos dias. Em entrevista ao jornal Sunday Times, o CEO da farmacêutica, Pascal Soriot, disse que o imunizante garantiu “proteção de 100%” contra formas graves de covid-19. As vacinas desenvolvidas por Pfizer/BioNTech e Moderna apresentaram eficácia de 95% e 94%, respectivamente.
“Acreditamos ter encontrado a fórmula vencedora e como alcançar uma eficácia que, com duas doses, é tão alta quanto as outras”, declarou o CEO Pascal Soriot ao Sunday Times. Em resultados provisórios de ensaios clínicos em larga escala no Reino Unido e no Brasil, o laboratório britânico anunciou em novembro que sua vacina tinha uma eficácia média de 70%, em comparação com os índices de mais de 90% da Pfizer/BioNTech e Moderna.
Por trás desse resultado médio estão grandes diferenças entre dois protocolos diferentes. A eficácia da vacina AstraZeneca/Oxford é de 90% para voluntários que receberam primeiramente metade de uma dose, depois uma dose completa um mês depois; o índice cai para 62% no grupo vacinado com duas doses completas.
Esses resultados foram criticados porque houve um erro na injeção de meia dose, embora um grupo relativamente pequeno tenha seguido esse protocolo. A empresa anunciou posteriormente que sua vacina exigia “estudos adicionais”.
A vacina Oxford/AstraZeneca é muito aguardada porque é relativamente barata e não precisa ser armazenada a temperaturas tão baixas quanto a Pfizer/BioNTech, por exemplo, que deve ser mantida a -70 graus. Isso facilita a vacinação em grande escala e em asilos. O Ministério da Saúde espera ter 100,4 milhões de doses do imunizante de Oxford, de um total geral de 258,4 milhões de doses de diferentes vacinas.
O Reino Unido foi o primeiro país ocidental a começar a aplicar doses da vacina Pfizer/BioNTech, no início de dezembro. A segunda vacina Oxford/AstraZeneca é uma esperança para acabar com o aumento de casos atribuídos à nova variante do coronavírus. Diante dessa mutação, “pensamos por ora que a vacina deve continuar a ser eficaz”, disse Pascal Soriot. “Mas não podemos ter certeza, então faremos alguns testes.”