Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 10 de março de 2025
São Paulo lidera o ranking de Estados, com 291.423 casos prováveis.
Foto: ReproduçãoDe janeiro a março deste ano, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue. Durante o período, foram confirmadas 235 mortes pela doença, enquanto 491 óbitos permanecem em investigação. O coeficiente de incidência no País, neste momento, é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.
Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. De acordo com a plataforma, 55% dos casos prováveis de dengue registrados este ano foram entre mulheres e 45%, entre homens. As faixas etárias que mais concentram casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.
São Paulo lidera o ranking de Estados, com 291.423 casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (57.348), Paraná (31.786) e Goiás (27.081). Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre aparece em primeiro lugar, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4).
Apesar dos dados, o número de casos de dengue no Brasil caiu 68,6% nos dois primeiros meses de 2025 na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em 2024, ano da maior epidemia de dengue da história do País, nesse mesmo período haviam sido contabilizados 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 mortes confirmadas e 85 em investigação. Ou seja, além da redução no número de casos, o número de mortes confirmadas caiu 82% de um ano para o outro.
Porém, a quantidade de pessoas infectadas pela dengue ainda permanece alta. Para comparar, em 2023 o número de casos prováveis nos dois primeiros meses havia sido de 261 mil. A quantidade de mortes confirmadas e prováveis havia sido de 189 e 13, respectivamente. Isso quer dizer que, na comparação com 2023, 2025 registrou aumento de 93% no número de casos.
Segundo o ministério, a circulação de um novo sorotipo pode levar a “epidemias significativas”. A Saúde aponta que o aumento no número de casos de dengue no Brasil entre 2000 e 2002 foi relacionado à introdução do sorotipo 3 no País.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta para risco de surtos de dengue na América Latina devido à circulação desse sorotipo. Outros países com presença do sorotipo 3 são: Argentina, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Nicarágua, Peru e Porto Rico.
A recomendação à população continua sendo eliminar focos de água parada, que são criadouros do mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti. Outras iniciativas de prevenção são usar repelente e instalar telas nas janelas. Em caso de sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos, é preciso procurar assistência médica imediatamente. (Estadão Conteúdo)