Ao ultrapassar as 78 milhões de vacinas contra covid-19 aplicadas desde 17 de janeiro, o Brasil administrou uma quantidade de imunizantes superior à soma de 15 países da Europa. Esse desempenho supera as 77 milhões de doses aplicadas em países cujos governos costumam ditar normas de comportamento ao Brasil, como Noruega, Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Suíça, Suécia, Áustria, Holanda, Grécia, Irlanda, República Tcheca, Ucrânia, Eslováquia, Turquia e Portugal.
Ficou para trás
Até o Reino Unido, grande produtor de vacinas e primeiro a iniciar a imunização, aplicou cerca de 10 milhões de doses a menos que o Brasil.
Vá juntando aí
País europeu grande e rico, a França precisa se somar à Espanha e a Portugal para rivalizar com o número de doses no Brasil.
Países grandes sofrem
Brasileiros com uma dose representam o dobro da média mundial, mas são 26%. Países grandes sofrem: Índia aplicou 1ª dose só em 14,8%.
Brasil no G4
O Brasil conserva a posição de 4º país que mais aplicou doses de vacina em todo o mundo, perdendo apenas para Estados Unidos, Índia e China.
Se for inútil, quebra de sigilo servirá de ‘punição’
A quebra de sigilo de pessoas como a secretária Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, ou o antigo chanceler Ernesto Araújo, pode ser inútil por se tratar de pessoas honestas, mas teria o objetivo de impor constrangimento como forma de “punição”. “Se a CPI não sabe como investigar um governo que não é acusado de corrupção e nem encontra meios de enquadrar bolsonaristas na prática de crime, resta a alternativa da desmoralização pública”, analisa um experiente jurista em Brasília.
Quebra primeiro
Por não verem sentido na quebra de seus sigilos, Mayra e Araújo recorreram ao STF. Mas as chances de êxito são remotas.
Nem foram ouvidos
Outros que tiveram o sigilo quebrado, como Helio Angotti e Zoser de Araújo, que sequer foram ouvidos na CPI, também foram ao STF.
A hora do troco
Alguns senadores da CPI ou seus aliados foram alvos de devassa, investigações e operações policiais, e agora parecem ir à forra.
Dia da ideologia
O senador Jorginho Mello (PL-SC), um dos poucos governistas na CPI da Pandemia, descreveu a última sessão da comissão como “dia dos discursos ideológicos”. “Só faltou gritarem ao final ‘Lula Livre’”, ironizou.
Farpas nas redes
Depois que a aparição do presidente em um avião mostrou a divisão do país, Fernando Haddad twitou “queria muito estar naquele avião”. Jair Bolsonaro respondeu “eu sei”, com uma foto sua no avião presidencial.
Palanque não dá
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), lamentou o uso político da pandemia. “Infelizmente tem muita gente fazendo palanque” disse ele, ao postar vídeo que desfaz fake news sobre doses e estoques da vacina.
Mais ‘gabinete paralelo’
O presidente americano Theodore Roosevelt fez até foto oficial no jardim da Casa Branca, em 1909, arquivada na Biblioteca do Congresso, com o “tennis cabinet”, seu “gabinete paralelo” de 30 conselheiros não-oficiais.
Rimas do ministro
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, participa neste domingo do encerramento do Brazil Forum UK. Na programação, há um debate com o rapper Dexter sobre o presente e o futuro do Brasil.
Comunidade junta
Valorizar a comunidade de países da língua portuguesa pela concertação política, a paz e a segurança internacional é o compromisso do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, destacou a missão brasileira na CPLP.
Viva a vida
O mundo ultrapassa a marca de 160 milhões de pessoas que contraíram a Covid-19 e se curaram. O Brasil é responsável por quase 10% desse total, com quase 16 milhões de recuperados.
Chega de exploração
A Associação Brasileira de Supermercados revelou que o gasto anual de R$3 bilhões com energia elétrica perde só para despesas com salários. O setor investe pesado em sistemas de energia solar, para reduzir esse gasto. Isso explica o lobby das geradoras para inviabilizar energia solar.
Pensando bem…
…powerpoint por powerpoint, aquele da Lava Jato causou mais estrago que as novas versões que aparecem na CPI.
PODER SEM PUDOR
Segredo revelado
Tancredo Neves era candidato a presidente, no Colégio Eleitoral, quando esteve no Recife para conversar com o senador Marco Maciel (PFL-PE). Participaram do papo o saudoso senador Marcos Freire e os deputados Roberto Freire e Jarbas Vasconcelos, todos do PMDB. Ao despedir-se, Tancredo olhou para os três e sentenciou, apontando para Maciel: “Agora eu sei porque vocês vivem perdendo eleição para ele…”
(Com André Brito e Tiago Vasconcelos)