O Brasil entrará na casa das economias de ao menos US$ 3 trilhões a partir de 2029, segundo novas projeções divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). No ano passado, o PIB brasileiro ficou em US$ 2,17 trilhões, no nono lugar entre as maiores economias globais. A estimativa é que o Brasil suba para o oitavo lugar neste ano, ultrapassando a Itália, e persista nesta posição ao menos até 2029, quando o PIB somaria US$ 3,06 trilhões em valores correntes.
De acordo com o World Economic Outlook (WEO) de abril, o FMI projeta que o PIB brasileiro avance 2,2% este ano e 2,1% em 2025. Caso as projeções do FMI se concretizem, o Brasil tomará o 8º lugar da Itália, com o PIB chegando aos US$ 2,331 trilhões.
Os novos dados são uma revisão da última projeção, feita em janeiro deste ano. No último documento, o FMI previu um crescimento para o PIB brasileiro de 1,7% para 2024 e 1,9% para 2025. Dessa forma, os novos dados preveem uma melhora de 0,5 e 0,2 ponto percentual, respectivamente, em relação à projeção anterior.
Nas novas projeções, a maior economia do mundo segue a dos Estados Unidos, com um PIB calculado em US$ 28,78 trilhões. Em segundo lugar aparece a China, com US$ 18,53 trilhões, seguida pela Alemanha, com US$ 4,59 trilhões.
Ranking
Os maiores PIBs do mundo hoje, segundo o FMI:
• Estados Unidos; US$ 28,78 trilhões
• China; US$ 18,53 trilhões
• Alemanha; US$ 4,59 trilhões
• Japão; US$ 4,11 trilhões
• Índia; US$ 3,94 trilhões
• Reino Unido; US$ 3,5 trilhões
• França; US$ 3,13 trilhões
• Brasil; US$ 2,331 trilhões
• Itália; US$ 2,328 trilhões
• Canadá; US$ 2,24 trilhões
Pelas projeções do FMI, o Brasil seguirá como oitavo no ranking global de maiores economias pelo menos até 2029, último ano calculado pelo fundo.
Avaliação do FMI
De acordo com o documento, a queda da taxa básica de juros brasileira, a taxa Selic, é uma das razões pela revisão do FMI e uma melhora nas perspectivas econômicas do país.
Segundo o FMI, o corte nos juros está beneficiando os mercados acionários e permitirá um melhor desempenho no decorrer dos processos de redução de juros em outros países, considerando que o Brasil é um mercado emergente.
Além disso, a revisão econômica do Brasil aconteceu por conta da consistência das políticas fiscais do país para 2024 com as metas de inflação.
Projeção do governo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, em Washington, que a projeção do governo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é melhor do que a divulgada mais cedo pelo FMI.
Haddad disse que espera que o FMI também reveja novamente os dados do Brasil. “Eu acredito que o FMI vai ser obrigado a rever para melhor. Vamos também acompanhar o que acontece na economia global, porque nós dependemos disso também.”
Em 2023, as projeções do FMI ficaram abaixo do crescimento real do PIB. No ano passado, os dados fecharam com uma valorização de 2,9%, enquanto as projeções de janeiro do FMI esperavam expansão de 1,2% e o Banco Central calculava 0,8% de alta na primeira semana de janeiro.
Este ano, as projeções do FMI estão maiores do que as do boletim Focus, coletadas semanalmente pelo Banco Central junto a agentes financeiros, que preveem alta do PIB de 1,95% neste ano e de 2% em 2025.