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Brasil Brasil vai importar energia elétrica do Uruguai e da Argentina para evitar racionamento

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Medida evitaria a falta de energia no Brasil. (Foto: Reprodução)

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, disse nesta segunda-feira (15) que a importação de eletricidade de países vizinhos poderá ser ampliada para evitar a falta de energia no Brasil. “Vamos começar a trabalhar desde já para não sermos surpreendidos no verão, como ocorreu no começo deste ano”, explicou.

Barata lembrou que os níveis dos reservatórios das usinas tiveram queda significativa devido à estiagem do último ano.

Entre os países que poderão fornecer energia ao Brasil em caso de crise, o secretário citou a Argentina e o Uruguai. “Temos agora [com o Uruguai] no Rio Grande do Sul uma interligação forte, que será concluída em julho. O Uruguai aumentou bastante o parque [energético] e tem interesse no fornecimento dos excedentes”, disse.

O secretário explicou que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deverá regulamentar a possibilidade de as empresas que geram a própria energia venderem a produção excedente. “Outra possibilidade, a ser regulamentada pela Aneel, é a que permite a consumidores com sobra de geração dispor dessa fonte”, contou.

Alterações

Em fevereiro, a Aneel fez alterações nas regras para contratos internacionais de compra e venda de energia elétrica. Até então, os agentes importadores e exportadores tinham direito de fazer apenas um contrato por mês. Publicada a decisão, o prazo passou a ser semanal. As mudanças, que vigoraram até este mês, tinham por objetivo viabilizar compras emergenciais de energia.

Nos dois formatos, a validade mínima do contrato é um dia, não podendo se repetir até que o prazo – que era de um mês e agora é semanal – se esgote. Nesses acordos, o que está previsto são intercâmbios, ou seja, envolve a compensação da energia que foi disponibilizada anteriormente nos sistemas de transmissão que ligam o Brasil a outros países, como a Argentina e o Uruguai, em fase de conclusão.

Conforme explicou o relator da matéria na Aneel, diretor José Jhurosa Júnior, a partir da publicação da nova regra, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) terá autorização para contratar o uso do sistema de transmissão com qualquer agente habilitado para importação e/ou exportação de energia elétrica.

Estão incluídos ainda a contratação do uso do sistema de transmissão e o uso das instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais. “Isso viabilizará compras emergenciais ou, em alguns casos, a compra de energia mais barata”, justificou Jhurosa ao final da reunião de diretores da agência.

Apesar de provocada pela Petrobras, que atua tanto na comercialização de gás quanto na geração termelétrica, a decisão da Aneel vale para todos os agentes do setor.

Apagão

No dia 19 de janeiro deste ano, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal receberam determinação do ONS para cortar energia.

A ação, severa, deixou residências, indústria e comércio totalmente às escuras, além de afetar sistemas públicos de transportes, como trens e metrôs, e o trânsito em algumas cidades, já que, sem energia, semáforos deixaram de funcionar.

De acordo com o ONS, as restrições na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste ocorreram devido à elevação de consumo no horário de pico na área, levando à redução de distribuição.

O órgão não especificou quantas cidades foram afetadas, se limitando a afirmar que os cortes atingiram menos de 5% da carga do sistema.

Filme anunciado

Esse foi apenas o primeiro apagão de 2015, de acordo com especialistas. Até dezembro, segundo eles, o País terá outras interrupções no sistema de energia.

“É um filme anunciado. Já era previsto que isto aconteceria e os sinais agora estão cada vez mais claros”, afirmou Gilberto de Martino Jannuzzi, do Nipe (Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas – SP).

Ele explicou que o que aconteceu foi um problema de transmissão. Como os fios não comportam o volume de energia demandada, houve um desligamento preventivo para que o sistema não entrasse em colapso – medida padrão nestes casos.

E é exatamente por ser um problema de demanda – e a demanda não vai parar de crescer – que os apagões deverão se repetir, afirmou Marcos Freitas, do Programa de Planejamento Energético da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).  (Abr)

tags: Brasil

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https://www.osul.com.br/brasil-vai-importar-energia-eletrica-do-uruguai-e-da-argentina-para-evitar-racionamento/ Brasil vai importar energia elétrica do Uruguai e da Argentina para evitar racionamento 2015-06-16
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