Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2015
Uma semana antes de a morte de Roberto Gomez Bolaños (1929-2014), criador de “Chaves” e “Chapolin”, completar um ano no sábado (28), uma brasileira conseguiu não só visitar a Vila do Chaves mas também passar uma noite no local onde o personagem contracenava com Seu Madruga, Quico e Chiquinha.
A sortuda foi a tradutora Luciana Yonekawa, de 29 anos. Ganhadora de uma promoção da plataforma de hospedagem on-line Airbnb, ela passou com o namorado a noite do dia 21 de novembro na vila, comeu pratos típicos da série e até viu objetos pessoais de Bolaños. “Entrar no barril foi a primeira coisa que eu fiz.” Nenhum dos atores estava lá, mas ela foi recebida por Fernando Gomez Fernandes, filho de Bolaño.
A presença do escritor é tão grande no país que Luciana foi incentivada pelos amigos brasileiros a concorrer. A promoção era reservada a moradores do México, país onde a tradutora vive há três anos. “Quando eu vim morar no México, todas as piadas por eu estar morando aqui tinham a ver com o Chaves. Os meus amigos sempre perguntam se eu iria casar em Acapulco, porque o Chaves passava as férias lá”, conta. “O ator que faz o Quico morava em Querétaro. Sempre perguntam se eu já tinha visto o Quico na rua.”
Programação.
Pela manhã, churros de chocolate quente. Seguindo os mandamentos do menino da vila, ela dividiu a comida. “Lembra que o Chaves falava, ‘Quem come e não oferece nada acaba com a barriga inchada’?”
A visita não se resumiu à degustação gastronômica. Luciana passeou pela vila e aproveitou para tirar fotos encenando gestos característicos de personagens. Em uma parede com tijolos à mostra, chorou como Quico. Bateu na porta do Seu Madruga, como fazia Dona Florinda. Andou de triciclo como Chiquinha.
Até entrou no barril do Chaves, mas era uma réplica. “Tinha um biboquê lá dentro. No original, que está em um museu, não deixaram eu entrar. Já imaginaram que eu era muito estabanada”, brinca. O museu a que ela se refere é o que a Fundação Chespirito, liderada por Fernandes, está montando. Ela pôde ver alguns itens que farão parte dele, como a máquina de escrever usada por Bolaños para escrever os episódios de “Chaves” e “Chapolin”, e alguns dos roteiros originais. “Entrando lá eu tentei me divertir o máximo. A vila está igualzinha.” (AG)