Sábado, 08 de março de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2024
Brasileiras de várias partes do País alegam que sofreram um golpe ao comprarem pacotes de viagem para a Argentina. As mulheres contam que foram atraídas por um homem por meio de um grupo de superação pós-separação de relacionamentos. O acusado diz reconhecer os problemas, mas alega que está sendo vítima de difamação das clientes.
A função do grupo onde as mulheres se conheceram, contam as vítimas, era dar motivação e fazer com que as pessoas se sintam preparadas para seguir em frente após um término. Dentro desse curso, foi apresentado uma pessoa e uma agência de turismo, que oferecia pacotes como forma de também de motivar os participantes.
Os problemas começaram com a efetivação da viagem. Segundo uma das vítimas, em alguns casos, eles só souberam do cancelamento já no aeroporto de Buenos Aires. Elas também não sabiam onde iam se hospedar.
Eles contam ainda que alguns dias antes viagens, a pessoa iria gastar cerca de R$ 2 mil e R$ 2,5 mil. Assim, alegando que os turistas teriam mais comodidade, eles receberam a recomendação de que deveria transferir o valor para o vendedor do pacote, que ele devolveria a quantia na Argentina, já convertido em peso argentino.
“Fiz o PIX de R$ 3 mil para ele e minha irmã fez de R$ 2,5 mil. Chegando no hotel, chamei e disse que não tinha dinheiro e precisava comer. Ele me deu 100 mil pesos, que segundo consta, vale uns R$ 500. E foi com isso que passei a viagem toda. Ele não me deu o dinheiro e todo e toda vez inventava uma desculpa”, conta uma das turistas, que mora em São Paulo.
Na volta, mais problemas. Eles foram informados de que deveriam pagar mais R$ 3 mil. Segundo ela, a justificativa é de que a companhia aérea havia cancelado e que precisava do depósito para a volta. “Em momento algum ele mandou essas mensagem canceladas. E todo mundo foi ficando nervoso”, conta.
A pessoa contou ainda que recebeu apenas R$ 1,4 mil de pelo menos R$ 4 mil pagos ao vendedor.
Outra vítima disse que ao chegar descobriu que não tinha reservas de hotel, nem como se alimentar. A situação dela era ainda mais preocupante, conta a mulher que é cadeirante e viajava sozinha.
“Fui abandonada no aeroporto não tive nem traslado do aeroporto para o hotel. A minha viagem seria no mês de agosto. Mas ele cancelou com todos, menos comigo”, relata uma pessoa que se diz vítima da situação. Ela é PCD e conta ainda que ficou no aeroporto, sem saber o que fazer.
“Eu simplesmente fiquei sabendo que tinha sido cancelado e já estava no aeroporto de Buenos Aires Isso porque desde o início deixei claro q tenho comorbidades, sou prioridade, considerada como PCD.”, explica a turista da cidade de João Pessoa.
O que diz o acusado
Apontado como vendedor dos pacotes, Ariel Santos reconhece que há problemas, mas fala em difamação. “Tem algumas pessoas que já processei por difamação e falsidade. A empresa tem cumprido com os contratos. E devido a tantas difamação tivemos que fechar e cancelar todos as viagens. Já estamos na justiça por esse tema”, iniciou o empresário.
Ele também falou sobre a compra pelo grupo citado pelas brasileiras. “Tem que ver se não são pessoas que viajaram no grupo da fraternidade, eles não são clientes da empresa. Eles são um grupo da fraternidade que sou parte, e foi uma viagem organizada entre amigos, onde dividimos casa, etc… Cada um pagou os seus custos e dividimos coisas. Mas não é uma viagem comercial, nem tem a ver com a empresa de turismo.”
“Todos os contratos foram cumpridos. As reservas nós destinos sempre foram prestadas. Somente ver os contratos, como te falei, todos quem contrataram tiveram os seus serviços. E a partir das difamação tive que cancelar as viagens, essas viagens são as que devo reintegrar. Mas quem viajou tive os contratos cumpridos.”