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Brasileiro está desaparecido em Israel desde o ataque do Hamas

Desaparecimento de Nisenbaum foi confirmado pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv (foto: Reprodução/Facebook)

O Itamaraty foi informado sobre o desaparecimento de mais um brasileiro em Israel após o início do conflito com o grupo extremista Hamas. O alerta foi dado pela família de Michel Nisembaum, de 59 anos, que comunicou o desaparecimento.

Segundo o Embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, o Itamaraty foi comunicado pela Interpol no domingo (22) sobre o assunto, mas ainda não há detalhes sobre a data do último contato e onde Nisenbaum estava em Israel.

Segundo um depoimento de familiares, ele estava falando com um familiar no telefone no dia 7 de outubro, no primeiro dia do ataque do Hamas, pela manhã quando a ligação foi interrompida às 6h57. A filha dele tentou restabelecer o contato e às 7h24, a chamada foi atendida por uma voz masculina, que segundo o depoimento, falou ‘Hamas’ em árabe.

Os familiares acham que Michel foi sequestrado e citam como uma evidência um vídeo circulado pelo Hamas exibindo pertences de israelenses sequestrados. Nessas imagens, seria possível identificar a carteira de Michel. O brasileiro tem duas filhas e cinco netos em Israel.

Nessa segunda (23), o porta-voz militar de Israel Daniel Hagari disse que 222 pessoas são mantidas como reféns no território palestino. Não se sabe se o brasileiro está entre os sequestrados.

Nisenbaum tem dupla cidadania e é o único brasileiro que o governo trata como desaparecido no momento. Desde o início do conflito, três brasileiros foram mortos pelos ataques do Hamas em Israel. Karla Stelzer Mendes, de 42 anos; Bruna Valeanu, de 24 anos; e Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos.

Reféns libertados

De acordo com o Hamas, pelo menos 21 reféns já morreram por causa dos bombardeios. A informação não é confirmada por Tel Aviv.

Na última sexta-feira (20), o Hamas libertou duas americanas —Judith Raanan e sua filha, Natalie— que haviam sido sequestradas quando estavam no kibutz de Nahal Oz, próximo à fronteira de Gaza, no último dia 7. As duas foram entregues à Cruz Vermelha e a libertação foi movida por “razões humanitárias”, já que a saúde da mãe está debilitada.

Nessa segunda-feira (23), foi a vez de duas israelenses serem soltas pela facção terrorista. Nurit Yitzhak, de 80 anos, e Yocheved Levschitz, de 85 anos, foram libertadas após mediação do Catar e do Egito. As suas são moradoras da cidade de Kibutz Nir Oz. “Decidimos libertá-los por razões humanitárias e médicas”, disse Abu Obaida, porta-voz da Brigada al-Qassam, braço armado do Hamas.

No passado, grupos palestinos usaram israelenses como moeda de troca para garantir a libertação de militantes detidos por Israel. Em 2011, por exemplo, a libertação do soldado israelense Gilad Shalit permitiu a soltura de mais de mil prisioneiros palestinos. Cerca de 200 deles estavam cumprindo penas de prisão perpétua por planejar ou realizar ataques contra Tel Aviv.

 

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